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Vieira da Silva ataca "medos" explorados por nacionalistas

O ministro Vieira da Silva considerou hoje que o principal desafio dos socialistas europeus é a "reinvenção" do modelo de regulação do trabalho perante mudanças tecnológicas e o inimigo é o medo explorado pelas correntes nacionalistas.

Vieira da Silva ataca "medos" explorados por nacionalistas
Notícias ao Minuto

13:18 - 07/12/18 por Lusa

País Conferência

Posições que foram assumidas por Vieira da Silva numa conferência que antecedeu a abertura formal dos trabalhos do Congresso do Partido Socialista Europeu (PSE), intitulada "Posso eu mudar o meu futuro?", que foi moderada pela eurodeputada do PS Maria João Rodrigues.

Na sua intervenção inicial, o dirigente do PS considerou que os socialistas europeus estão a travar uma batalha "contra nacionalistas, populistas e eurocéticos" que usam junto dos respetivos eleitores "uma mensagem de medo em relação ao futuro".

"Os mais jovens não sabem se terão as mesmas oportunidades que a atual geração. É isso que está a reforçar os populistas e a extrema-direita na Europa", apontou o membro do Governo português.

Vieira da Silva considerou depois que o maior erro cometido pelos socialistas europeus passou por dar primazia ao fator mercado no desenho das suas políticas, procurando depois adaptar medidas sociais. Neste contexto, contrapôs que os partidos da sua família política "terão de possuir sempre uma dimensão social" em todas as áreas da governação.

"Perante tremendas mudanças ao nível tecnológico, penso que o principal desafio dos socialistas europeus é o de reinventar a regulação do mercado de trabalho", advogou.

Depois de criticar as consequências das políticas de austeridade em diversos países europeus, o ministro do Trabalho disse que o Governo português apostou numa alternativa com uma "nova combinação entre políticas sociais e fiscais".

"Trabalho, salário e proteção social é o triangulo fundamental na nossa ação", acrescentou.

Já após a sua intervenção, em declarações aos jornalistas, Vieira da Silva considerou que a atual crise política atinge não apenas a social-democracia europeia, como também a outra família tradicional, a da democracia-cristã.

"Todas as famílias políticas europeias sofreram com o impacto da crise. Verificamos isso em vários Estados-membros da União Europeia, olhando para a Alemanha ou para a Espanha. As duas correntes principais têm dificuldades de afirmação pelo aparecimento em vários países de movimentos extremistas ou eurocéticos", referiu.

De acordo com o dirigente do PS, a social-democracia europeia "está bem consciente que algumas das políticas seguidas em resposta à crise mundial de 2018 não foram as melhores".

"Precisamos de encontrar políticas mais equilibradas, indo mais ao encontro daquilo que os cidadãos sentem", acrescentou.

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