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Governo aceita demissão de comandante da GNR no caso das agressões

O ministro da Administração Interna aceitou a demissão do comandante do centro de formação de Portalegre da GNR, avança a SIC Notícias.

Governo aceita demissão de comandante da GNR no caso das agressões
Notícias ao Minuto

12:02 - 04/12/18 por Filipa Matias Pereira com Lusa

País Portalegre

O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, aceitou a demissão do comandante do centro de formação de Portalegre da GN, o tenente-coronel Mário Luís Ribeiro Ramos.  Em causa está, recorde-se, o caso das alegadas agressões a formandos da GNR no curso de recrutas. 

De acordo com a informação avançada pela SIC Notícias, Eduardo Cabrita diz ser "inadmissível a demora na notificação de factos relevantes". O ministro assegurou ainda que a GNR "facultará à investigação, quer do Ministério Público quer da Inspecção-Geral da Administração Interna, todas as imagens que são sempre realizadas nas ações de formação para que tudo possa ser adequadamente esclarecido". 

"Neste momento, devemos aguardar pelas conclusões sem nos precipitarmos. Está a decorrer o inquérito que determinei, elaborado pela Inspeção-geral da Administração Interna. Está a decorrer a averiguação interna pela GNR. O fundamental é apurarmos a totalidade da natureza dos factos. Antes de ter quer a informação definitiva prestada pela GNR, quer os resultados do inquérito da IGAI, não me quero pronunciar".

O ministro garantiu não ter ainda visto as imagens da sessão onde terão ocorrido as agressões, mas admitiu ter ficado "desagradavelmente surpreendido" com o que teve conhecimento.

"As imagens que estão a passar são históricas, não são do curso em causa. O que garantimos é que as imagens reais, da ação que está a ser objeto de averiguação, essas serão disponibilizadas".

Saliente-se que já este domingo o Ministério da Administração Interna (MAI) ordenou à Inspeção Geral da Administração Interna a abertura de um inquérito sobre o alegado espancamento que terá tido lugar em Portalegre. 

Segundo o MAI, este inquérito visa o "apuramento dos factos e a determinação de responsabilidade". A confirmarem-se as agressões, estas "não são toleráveis numa força de segurança num Estado de Direito democrático". Eduardo Cabrita pediu também esclarecimentos ao Comando-geral da GNR sobre os factos.

Esta segunda-feira o Ministério Público confirmou igualmente a instauração de um inquérito relacionado com as alegadas agressões

Ora, recorde-se ainda, a polémica instalou-se depois de o Jornal de Notícias ter noticiado a existência de um vídeo do incidente, que terá sido filmado por um alferes, a pedido de um familiar seu que estava a frequentar o curso.

Por sua vez, o presidente da Associação dos Profissionais da Guarda (APG) disse também esta segunda-feira que a GNR deveria ter formalizado queixa quando tomou conhecimento do alegado espancamento de dez formandos em treinos no curso em Portalegre.

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