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Autarquia "pagou muito caro" decisões sobre limpeza urbana no Porto

O presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, disse esta segunda-feira que a autarquia "pagou muito caro" as decisões que foram tomadas em mandatos anteriores no âmbito da limpeza urbana.

Autarquia "pagou muito caro" decisões sobre limpeza urbana no Porto
Notícias ao Minuto

06:29 - 04/12/18 por Lusa

País Rui Moreira

"Tentar agora dizer que algum dia vem um dilúvio. O dilúvio e o diabo pagamos nós porque a câmara pagou muito caro as decisões que foram tomadas, certamente que quando foram tomadas na origem terão sido bem tomadas, mas hoje a situação alterou-se", afirmou na reunião extraordinária da Assembleia Municipal do Porto.

O autarca respondia ao deputado do grupo municipal do PSD Alberto Machado que lembrou que nos mandatos do partido, a gestão do lixo "não era um dos problemas principais" e defendeu que, caso a concessão tivesse sido renovada, os custos seriam inferiores.

O presidente da Câmara garante que "sempre foi cuidadoso" na análise das razões que levaram a que determinadas decisões fossem tomadas, diz não puder aceitar que "se faça o totobola à segunda-feira" e se garanta que "o nosso totobola do próximo domingo não vai sair certo".

Rui Moreira reconheceu que há situações em matéria de limpeza urbana, em que em a autarquia é incapaz, sublinhando que a maioria dos casos são comportamentos inadequados.

"Nós continuamos a confrontar-nos diariamente com situações. É claro que há casos em que nós não fomos capazes. Não escondemos. Há situações com as quais nos deparamos com situações de depósito de lixo porque os contentores não tinham capacidade ou o serviço não passou lá. É verdade".

"Neste momento as coisas estão melhor", afirmou.

Segundo o deputado municipal André Noronha, do movimento de Rui Moreira, os números confirmam isso mesmo, desde 2014 registou-se "um aumento de 449% de recolha porta a porta não residencial e de 105% dos orgânicos não residenciais".

"Nesse período de 2014-2017 houve ainda um reforço de ecopontos, de distribuição de compostores e lançamento de programas como Embrulha, Dose Certa, Horta a porta. Aumentamos 20% no seletivo e 4% no indiferenciado. São números, não são estados de alma", acrescentou.

André Noronha apontou ainda que o tempo de resposta da linha de recolha de "monstros" domésticos baixou de dois meses para cinco dias e que dos 1180 postos de recolha houve apenas 2,3% de contentores cheios ou a abarrotar.

Foi ainda possível obter uma poupança de 27% na limpeza urbana e 5,7% de poupança na atividade de recolha.

Já Gustavo Pimenta, deputado do grupo parlamentar do PS, defendeu que "o ano de 2018 não foi propriamente um ano muito feliz no que respeita à limpeza urbana", acusando a autarquia de atuar com uma espécie de "otimismo negligente" e um "fatalismo resignado".

Até há um mês, acrescentou, e designadamente no pico do verão, "houve situações realmente muito complicadas na cidade do Porto".

O Bloco de Esquerda e a CDU lembraram que sempre defenderam que a limpeza urbana se devia manter na esfera pública, sublinhando que foi um erro ter havido a concessão a privados.

Já o PAN salientou que a produção de lixo continua a aumentar de ano para ano pelo que é preciso incentivar a reutilização e a economia circular.

O ponto 1, 2 e 3 sobre a empresa municipal do Ambiente do Porto foram discutidos em conjunto por proposta da CDU e foram aprovados por maioria.

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