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Refugiados são "uma grande oportunidade" no combate ao défice demográfico

O primeiro-ministro defendeu hoje que o acolhimento de refugiados "é uma grande oportunidade" para Portugal de forma a ajudar na resolução do défice demográfico e que acolher migrantes é "assumir a responsabilidade" internacional que o país tem.

Refugiados são "uma grande oportunidade" no combate ao défice demográfico
Notícias ao Minuto

14:48 - 26/11/18 por Lusa

País Costa

Em Braga, num debate na Universidade do Minho para assinalar os três anos de legislatura, António Costa afirmou ainda que Portugal tem que ter uma "posição ativa" na questão do acolhimento a refugiados e defendeu a revisão do acordo de Dublin.

"Acolher refugiados não é sofrer um problema, é assumir uma responsabilidade que Portugal tem na sociedade internacional e em segundo lugar é uma grande oportunidade" para o país, defendeu António Costa.

Uma oportunidade, referiu o chefe do executivo, que deve ser aproveitada para dar resposta ao problema demográfico que o país enfrenta: "Portugal é um país com problema demográfico sério e não é só com políticas de natalidade, que reproduzirão recursos humanos daqui a 24 anos, que nós resolvemos o problema. Para responder ao nosso equilíbrio demográfico precisamos de atrair migrantes e os primeiros que devemos ter o dever de acolher são aqueles que nos procuram como refugiados".

O primeiro-ministro português salientou a importância de Portugal ser proativo quer na captação de refugiados quer no seu acolhimento.

"Demos uma demonstração disso [de proatividade] com a iniciativa de Jorge Sampaio para acolher estudantes sírios e que tem dado um contributo muito positivo ao desenvolvimento da sociedade portuguesa", apontou, continuando o exemplo com o facto de Portugal ter sido "o primeiro país a assinar um acordo bilateral com a Alemanha para operações de recolocação de refugiados".

Para o primeiro-ministro, o país deve colocar-se numa posição "responsável que aceitará quem peça asilo em Portugal" para aproveitar a oportunidade de resposta ao problema demográfico, mas também como defesa da União Europeia.

"O futuro e unidade da União Europeia depende desta capacidade de sermos solidárias na repartição deste esforço", pelo que António Costa lembrou a posição do Governo da defesa da revisão do acordo de Dublin.

"É inadmissível esta ideia que os países que estão na linha da frente tenham que ter a responsabilidade exclusiva", disse.

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