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Tristeza e alívio no dia do 'divórcio'. Portugal "satisfeito" com Brexit

No que diz respeito a Portugal, no entendimento de António Costa, "este é um acordo satisfatório".

Tristeza e alívio no dia do 'divórcio'. Portugal "satisfeito" com Brexit
Notícias ao Minuto

11:46 - 25/11/18 por Filipa Matias Pereira

País António Costa

"Este é um dia especial. Não podemos deixar de estar tristes por ver concretizar-se a saída do Reino Unido, mas simultaneamente há uma sensação de alívio por ter sido possível obter um acordo que evitou o pior, ou seja, uma saída desordenada". Foi desta forma que António Costa se dirigiu aos jornalistas depois de ter sido aprovado o 'divórcio' entre o Reino Unido e a União Europeia, numa cimeira extraordinária que se realizou este domingo em Bruxelas. 

Este é o acordo, acrescentou, "negociado laboriosamente entre a União Europeia e o Reino Unido, e é com base nele que terão de ser tomadas decisões no parlamento britânico e no parlamento europeu". 

No que diz respeito a Portugal, no entendimento do chefe de Governo, "este é um acordo satisfatório porque protege todos os direitos dos cidadãos portugueses no Reino Unido, ou que venham aí a residir até 31 de dezembro de 2020, assim como garante os direitos dos britânicos a residir em Portugal".

É, para além disso, "um acordo que garante e protege todas as denominações de origens dos produtos portugueses e, também, que assegura a estabilidade de execução do quadro financeiro em curso, uma vez que o Reino Unido garante, até ao final deste quadro financeiro, o cumprimento dos compromissos financeiros assumidos", explicou o primeiro-ministro português. 

Este processo negocial, realçou ainda, "foi uma prova extraordinária da unidade e solidariedade europeia", já que ao longo destes meses "não houve uma única fissura entre os 27 estados membros. E houve total solidariedade em relação aos problemas específicos em relação a alguns estados membros. Ninguém deixou a Espanha isolada na negociação de Gibraltar, ninguém deixou o Chipre isolado na negociação com o Reino Unido nem a Irlanda na negociação da fronteira. Foi das manifestações mais importantes da solidez e futuro do projeto europeu que tivemos nos últimos anos".

A prioridade agora, projeta António Costa, é pensar na “relação futura com o Reino Unido” que deve estar “à altura da ambição”. Nas palavras do chefe de Governo, “o Reino Unido nunca será na União Europeia um terceiro estado igual a qualquer outro terceiro estado. Será sempre o vizinho mais próximo, o aliado mais importante, o parceiro económico mais relevante e haverá sempre uma relação de amigo”.

Por isso, a relação de futuro, no seu entendimento, “não pode ser meramente económica, tem de cobrir as áreas da defesa, da segurança interna e da relação entre os povos que é aquilo que cimenta as relações seculares que temos mantido com o Reino Unido e que desejamos que se prolonguem”.

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