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Dono de pedreira nega responsabilidades em tragédia. "Havia segurança"

O proprietário da pedreira que engoliu parte da EN255 descarta responsabilidade no aluimento de terras em Borba.

Dono de pedreira nega responsabilidades em tragédia. "Havia segurança"
Notícias ao Minuto

10:44 - 20/11/18 por Filipa Matias Pereira

País Borba

Jorge Plácido Simões, proprietário da pedreira que estava desativada e que engoliu parte do troço da Estrada Nacional 255, em declarações à antena da SIC Notícias, nega qualquer responsabilidade perante a tragédia que abalou a região de Borba. Questionado sobre se descartava as responsabilidades, o proprietário foi perentório: “Completamente”.

Para sustentar a sua posição, Jorge Plácido Simões explicou ainda que o local da pedreira onde ocorreu o acidente estava inativo há mais de um ano. E, além disso, o proprietário tem ‘em mãos’, para lá do contrato de exploração do local, um “estudo feito pelo Instituto Superior Técnico”, datado de 2011/2012, de acordo com o qual é garantido que “estavam criadas as condições de segurança para voltar ao ativo”, asseverou.

De acordo com Jorge Plácido Simões, para a realização desse estudo foi necessária a deslocação ao local de “técnicos específicos” e foram ainda “realizadas grampagens, conforme é feito nas minas para segurar as zonas mais perigosas”.

Assegurou também o proprietário da pedreira que sempre foi acautelado o distanciamento de segurança entre a exploração da pedreira e a estrada, nomeadamente um espaço de cinco/seis metros e ainda um muro com rede. Por isso, tudo o que se tem dito sobre isso “são barbaridades”, frisou.

Em declarações à estação de Carnaxide, Jorge Plácido Simões recordou que foi realizada uma reunião com a presidência da Câmara Municipal de Borba, onde se tentou “falar com industriais da zona porque achávamos bem que a estrada deixasse de existir”. Isto porque, no seu entendimento, existia uma alternativa, “a variante”, e “em termos de segurança seria melhor acabar com a estrada. Na via havia muitos acidentes e algum automóvel poderia despistar-se e ir parar lá a baixo”.

Já em relação à empresa que gere a pedreira do lado, Jorge Plácido Simões prefere manter o silêncio. "A minha pedreira está inativa naquele local, a do outro lado está ativa, tirem as conclusões que quiserem", atirou.

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