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Santos Silva e Arreaza discutiram crise política da Venezuela

O ministro dos Negócios Estrangeiros explicou hoje que o encontro com o seu homólogo venezuelano, Jorge Arreaza, se inseriu no esforço da União Europeia (UE) para facilitar o encontro entre as partes envolvidas na crise política naquele país.

Santos Silva e Arreaza discutiram crise política da Venezuela
Notícias ao Minuto

16:58 - 19/11/18 por Lusa

País Cimeira

"Quer eu, quer o meu colega espanhol demos conta ao Conselho dos contactos que realizámos dentro e à margem da Cimeira Ibero-americana. Falei com o ministro venezuelano, e com outros colegas de outros países ibero-americanos, tal como fez Josep Borrell. O objetivo é percebermos se há condições e ir criando condições para que UE e outros atores internacionais possam contribuir para o relançamento do processo político na Venezuela", declarou.

Em declarações aos jornalistas em Bruxelas, no final do Conselho dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva esclareceu que o bloco comunitário não pretende servir de mediador na Venezuela, mas sim facilitar o diálogo político.

"Nós temos trabalhado em várias fórmulas político-diplomáticas e temos tentado perceber se estas têm pernas para andar. Aquilo que eu e o meu colega espanhol fizemos à margem da cimeira Ibero-americana na semana passada inscreve-se nesse esforço que há de permitir termos conclusões a nível do Conselho dos Negócios Estrangeiros e decidamos um caminho", elucidou.

Na quinta-feira, o ministro dos Negócios Estrangeiros português e o seu homólogo venezuelano, Jorge Arreaza, reuniram-se à margem da XXVI Cimeira Ibero-americana, que decorreu na cidade da Antigua, na Guatemala, para avaliar as relações bilaterais e diplomáticas.

"Entendemos que não há solução militar, nem interna, nem externa, e que a única solução política implica um processo político interno que envolva várias partes", ressalvou.

Santos Silva lembrou que a UE tem "um princípio que aplica também à situação venezuelana", de que as questões políticas têm de se resolvidas politicamente.

"Há uma diferença evidente entre a abordagem que os europeus fazem sobre a questão venezuelana e a abordagem que tende a ser considerada por outros atores. A posição europeia acrescenta valor na comunidade internacional, porque aquilo que europeus dizem sobre solução é bastante diferente daquilo que é dito, por exemplo, por alguns norte-americanos", realçou.

No passado dia 20 de maio foram realizadas eleições presidenciais antecipadas, na Venezuela, nas quais o Presidente Nicolás Maduro foi reeleito, segundo o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), com 67,84% dos votos (6.248.864).

As eleições foram amplamente questionadas pela aliança opositora venezuelana, Mesa de Unidade Democrática, que denunciou falta de garantias eleitorais e não apresentou candidatos.

Houve, no entanto, três outros candidatos ao cargo, entre os quais Henri Falcón, um ex-militante do 'chavismo' que passou para a oposição e obteve 20,93% dos votos (1.927.958 votos).

No dia 22 de maio, o CNE proclamou oficialmente Nicolás Maduro como Presidente da Venezuela para o período 2019-2025.

A oposição exige a realização de novas eleições presidenciais na Venezuela.

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