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Loureiro dos Santos: Militar "excecional" e homem de grande verticalidade

O secretário-geral da Associação de Oficiais das Forças Armadas (AOFA) lamentou hoje a morte do general Loureiro dos Santos, classificando-o como "um militar excecional" e "um homem de grande verticalidade".

Loureiro dos Santos: Militar "excecional" e homem de grande verticalidade
Notícias ao Minuto

13:07 - 17/11/18 por Lusa

País secretário-geral AOF

O tenente-coronel António Costa Mota reagia assim, em declarações à agência Lusa, à morte do general Loureiro dos Santos, hoje, aos 82 anos, em Lisboa, vítima de doença.

O secretário-geral da AOFA lembrou que o antigo ministro da Defesa e ex-Chefe do Estado-Maior do Exército presidiu ao conselho deontológico da associação durante mais de seis anos,

"É naturalmente com uma profunda tristeza que recebemos este tipo de notícias e neste caso muito particularmente do falecimento do general Loureiro dos santos que a nós [associação de oficiais] diz-nos muito", referiu António Costa Mota.

Além do "excecional militar", o antigo Chefe do Estado-Maior do Exército e antigo ministro da Defesa era "um homem sempre com uma grande verticalidade", frisou.

"A mim particularmente, que era amigo dele, naturalmente que estou particularmente consternado e este é certamente o sentimento hoje dos oficiais das forças armadas na sua generalidade", concluiu.

Nascido em Vilela do Douro, concelho de Sabrosa, no distrito de Vila Real, em 02 de setembro de 1936, José Alberto Loureiro dos Santos foi ministro da Defesa Nacional entre 1978 e 1980 nos IV e V Governos Constitucionais, chefiados por Carlos Mota Pinto e Maria de Lourdes Pintasilgo, ambos executivos de iniciativa presidencial de Ramalho Eanes.

Militar do ramo de artilharia, Loureiro dos Santos foi vice-Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, em 1977, e Chefe do Estado-Maior do Exército. Foi membro do Conselho da Revolução.

Cumpriu duas comissões no Ultramar, em Angola (1962/1965) e Cabo Verde (1972/1974), foi secretário do Conselho da Revolução no 'verão quente' de 1975 e, como major, participou no planeamento e execução das operações que contiveram o golpe de 25 de novembro de 1975. Passou à reserva em 1993.

Com larga experiência académica, o ex-ministro e chefe militar lecionou no Instituto de Estudos Superiores Militares, do qual fez parte do conselho científico, e no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP), no qual foi membro do Conselho de Honra.

Além de escritor e conferencista, Loureiro dos Santos era membro Academia das Ciências de Lisboa e do Conselho Geral da Universidade Nova de Lisboa, como personalidade externa.

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