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Tancos: Ferro Rodrigues deu posse a comissão parlamentar de inquérito

O presidente da Assembleia da República, Ferrop Rodrigues, deu hoje posse à comissão de inquérito ao furto de material militar de Tancos, numa cerimónia que se prolongou por 16 minutos.

Tancos: Ferro Rodrigues deu posse a comissão parlamentar de inquérito
Notícias ao Minuto

17:39 - 14/11/18 por Lusa

País Roubo

O ato da posse foi marcado pela dúvida, levantada pelo deputado do PSD Carlos Peixoto, sobre o eventual conflito de interesses do deputado do PS Filipe Neto Brandão, dado que é membro do Conselho de Fiscalização dos Sistema de Informações da República (CFSIRP).

Carlos Peixoto questionou Ferro Rodrigues sobre se levantaria a dúvida à Comissão Parlamentar da Ética e o presidente do parlamento respondeu que não o faria.

A Comissão Parlamentar de Inquérito sobre as consequências e responsabilidades políticas do furto do material militar ocorrido em Tancos tem um prazo de 180 dias (seis meses) para produzir resultados, podendo prolongar os trabalhos por mais 90 dias.

Como habitualmente, o presidente do parlamento iniciou a reunião, deu posse a Neto Brandão e aos restantes deputados, do PSD, PS, PCP, BE e CDS-PP, numa cerimónia que ficou marcada pela dúvida levantada por Carlos Peixoto.

O desaparecimento de material militar dos paióis de Tancos foi divulgado pelo Exército em junho de 2017.

Está em curso uma investigação do Ministério Público sobre o reaparecimento do material levado de Tancos, designada Operação Húbris, no âmbito da qual foram detidos para interrogatório militares da Polícia Judiciária Militar (PJM) e da GNR.

Este caso levou à demissão do anterior ministro da Defesa Nacional, José Azeredo Lopes, em 12 de outubro.

O chefe do Estado-Maior do Exército, general Rovisco Duarte, pediu também a resignação, dois dias depois da posse do novo ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho.

Em 25 de setembro, a Polícia Judiciária deteve o diretor e outros três responsáveis da PJM, um civil e três elementos do Núcleo de Investigação Criminal da GNR de Loulé e foi nesse dia que o CDS-PP anunciou que iria propor uma comissão de inquérito parlamentar.

Segundo o Ministério Público, em causa estão "factos suscetíveis de integrarem crimes de associação criminosa, denegação de justiça, prevaricação, falsificação de documentos, tráfico de influência, favorecimento pessoal praticado por funcionário, abuso de poder, recetação, detenção de arma proibida e tráfico de armas".

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