Na sequência das buscas, realizadas este domingo (dia 11), Bruno de Carvalho foi detido e responde agora, segundo está a avançar a TVI24 - citando o mandado de detenção - por dois crimes de dano com violência, 20 crimes de sequestro, um crime de terrorismo, 12 crimes de ofensa à integridade física qualificada, um crime de detenção de arma proibida e 20 crimes de ameaça agravada.
O ex-presidente do Sporting e o líder da Juve Leo foram detidos, este domingo, tendo passado a noite nas instalações da GNR, aguardando serem presentes ao juiz de Instrução Criminal do Tribunal do Barreiro, onde deverão conhecer as respetivas medidas de coação, o que, de acordo com a Procuradoria-Geral da República deverá acontecer amanhã, terça-feira.
De realçar que, no âmbito do mesmo processo, estão em prisão preventiva, a aguardar julgamento, 38 arguidos.
Também no domingo, a GNR realizou buscas na sede da Juve Leo, no Estádio José de Alvalade, em Lisboa, um espaço conhecido como 'A Casinha', com o contributo da Polícia de Segurança Pública (PSP), que estabeleceu um perímetro para garantir a segurança da zona.
O advogado de Bruno Carvalho, José Preto, qualificou a detenção de "vexatória" e "aviltante", em declarações à RTP, no domingo, lembrando que o ex-presidente do Sporting já tinha comparecido voluntariamente no DIAP para prestar declarações, sem, no entanto, conseguir ser ouvido.
Em 15 de maio deste ano, a equipa de futebol do Sporting foi atacada na Academia do clube, em Alcochete, por um grupo de cerca de 40 alegados adeptos encapuzados, que agrediram alguns jogadores, treinadores e 'staff'.
No dia dos acontecimentos, a GNR deteve 23 pessoas, tendo posteriormente efetuado mais detenções, estando atualmente em prisão preventiva 38 pessoas, entre as quais o antigo líder da Juventude Leonina Fernando Mendes.
Os 38 arguidos que aguardam julgamento em prisão preventiva são todos suspeitos da prática de diversos crimes, designadamente, de terrorismo, ofensa à integridade física qualificada, ameaça agravada, sequestro e dano com violência.
Bruno de Carvalho, que à data dos acontecimentos liderava o clube, foi, entretanto, destituído em Assembleia-Geral e impedido de concorrer à presidência do clube, atualmente ocupada por Frederico Varandas.