Acolhendo o serviço de 19 militares, o posto que essa autoridade policial ocupa atualmente é propriedade da Junta de Freguesia de Cucujães e já não dispunha de condições físicas adequadas para atender às necessidades da GNR, pelo que diferentes forças políticas do concelho vinham há vários anos reclamando à tutela uma solução para o problema.

"O atual posto de Cucujães já há muito tempo que não tem as condições físicas necessárias ao trabalho da GNR e esperamos que isto se possa alterar ainda em 2019", declarou esta manhã o presidente da Câmara de Oliveira de Azeméis, Joaquim Jorge Ferreira.

Encontrado um novo edifício para acolher esses militares e definidos os termos do acordo em que a Câmara se dispõe a fiscalizar as obras de adaptação do espaço, a autarquia aguarda agora a aprovação da Assembleia Municipal quanto à minuta do protocolo a estabelecer com o Estado.

"Depois disso, o documento segue para o Ministério da Administração Interna e o arranque dos procedimentos só depende do Governo", garantiu o autarca.

O projeto concebido pelos serviços municipais prevê que a GNR passe a ocupar o edifício da antiga repartição de Finanças de Cucujães, que, à semelhança do quartel atual, também é propriedade da Junta de Freguesia local e será cedido ao Estado em regime de comodato.

O comandante do Destacamento Territorial de Oliveira de Azeméis da GNR, capitão Élio Rosado, recordou que, dentro do possível, foram sendo executados alguns trabalhos de manutenção no quartel ao longo dos anos, mas reconheceu que o imóvel agora anunciado como futura morada do posto de Cucujães se revela efetivamente mais "adequado".

Joaquim Jorge Ferreira dá pormenores: "O novo edifício tem áreas mais generosas e uma maior centralidade. Terá uma estrutura funcional muito mais conveniente, nomeadamente ao nível de camaratas, arquivo, área para atendimento aos cidadãos, salas de interrogatório, espaço para armazenamento de material de guerra, zona para recolha de viaturas, etc.".

A Câmara só poderá lançar o concurso público para adjudicação da empreitada após indicação do Ministério da Administração Interna e, uma vez concluído o procedimento, ainda terá de aguardar pelo aval do Tribunal de Contas.

O presidente da autarquia afirmou que, "depois de a obra estar consignada, o previsto é que os trabalhem fiquem concluídos no prazo de nove meses".

Entretanto, o autarca pretende solucionar problema idêntico na GNR de Cesar, cujo posto "é claramente um dos piores do país em termos de condições físicas".

Tendo como área de intervenção não apenas o concelho de Oliveira de Azeméis, mas também parte do município de Arouca, esse quartel "serve uma área territorial muito grande" e funciona há mais de 30 anos em instalações arrendadas, o que Joaquim Jorge Ferreira diz envolver em alugueres "uma quantia que ainda é considerável".

Por isso mesmo, a Câmara Municipal já há vários anos disponibilizou um terreno para construção de raiz de um novo posto local da GNR, mas o projeto vem sendo sucessivamente adiado por diferentes governos.

"Considerando que haverá menos disponibilidade da tutela para investir em construções de raiz, tivemos que arranjar para Cesar uma solução semelhante à encontrada para Cucujães", admitiu Joaquim Jorge Ferreira, acrescentando que "a Junta de Freguesia já disponibilizou para a GNR local um dos seus edifícios, também ele robusto e adequado, e a Câmara continua disposta a conduzir a requalificação do imóvel".