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Falta de acessibilidades preocupa autarcas de Portugal e Espanha

Autarcas do Alto Alentejo, Beira Baixa e da província de Cáceres (Espanha) decidiram criar uma comissão com o objetivo de alertar para os problemas relacionados com a desertificação e a falta de acessibilidades, foi hoje anunciado.

Falta de acessibilidades preocupa autarcas de Portugal e Espanha
Notícias ao Minuto

11:54 - 12/11/18 por Lusa

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A decisão foi tomada durante uma reunião, realizada no domingo, em Montalvão, no concelho de Nisa (Portalegre), em que cerca de 30 autarcas dos dois lados da fronteira debateram, sobretudo, a falta de acessibilidades, situação que condiciona a ligação destas zonas separadas pelos rios Tejo e Sever.

"Decidimos criar uma comissão, composta por todos os autarcas que marcaram presença na reunião, no sentido de enviar as nossas preocupações, numa primeira fase, às assembleias municipais, de forma a envolvê-las", explicou hoje à agência Lusa o presidente da Junta de Freguesia de Montalvão, José Possidónio.

O autarca acrescentou que ficou também a "promessa", por parte de um dos elementos da comissão, de fazer chegar ao governo português as conclusões da reunião, em particular a necessidade de construção da ponte de Cedillo (Espanha).

"Todos estamos interessados em ter uma passagem para Espanha, ou através da barragem da Iberdrola ou através da construção a jusante de uma nova ponte", disse.

A construção de uma ligação ou a abertura diária da ponte que liga Montalvão à povoação espanhola de Cedillo (Cáceres) constitui uma das principais reivindicações dos autarcas.

Enquanto os governos de Espanha e de Portugal não avançam com nenhum projeto, as populações dos dois lados da fronteira "apenas se cruzam" aos fins de semana, quando a empresa hidroelétrica espanhola Iberdrola retira os cadeados dos portões e reabre ao trânsito a ponte, situada na confluência dos rios Tejo e Sever.

As duas comunidades distam a 15 quilómetros uma da outra, mas durante a semana as populações têm de percorrer cerca de 120 quilómetros para poderem conviver ou efetuar trocas comerciais.

O combate à desertificação foi outro dos temas abordados, tendo o presidente da Junta de Freguesia de Montalvão defendido, para a sua zona, uma maior aposta nos recursos agrícolas existentes, sobretudo a produção de azeite, e a criação de um núcleo museológico de arte rupestre.

"Somos muito pequeninos para fixar aqui pessoas, mas podemos atraí-las através destas ações", defendeu.

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