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Emergência aérea atrasou descolagens em Lisboa mas sem desvio de voos

O aeroporto de Lisboa registou hoje atrasos nas descolagens devido à situação de emergência de um avião da Air Astana, mas sem necessidade de desviar voos, disse à Lusa fonte oficial da NAV - Navegação Aérea de Portugal.

Emergência aérea atrasou descolagens em Lisboa mas sem desvio de voos
Notícias ao Minuto

17:27 - 11/11/18 por Lusa

País NAV

O avião da Air Astana, que descolou de Alverca às 13:21 e que declarou emergência, esteve algum tempo a sobrevoar a região Norte de Lisboa, antes de ter sido tomada a decisão de o Embraer da companhia do Cazaquistão aterrar no aeroporto de Beja, o que aconteceu às 15:28, à terceira tentativa.

Questionada pela Lusa se a situação provocou perturbações nos voos do aeroporto de Lisboa, fonte oficial da NAV adiantou que "houve alguns atrasos nas descolagens", nomeadamente quando a aeronave sobrevoava a região Norte da capital portuguesa.

A mesma fonte acrescentou que "não houve divergências" de voos daquele aeroporto na sequência da emergência do avião da Air Astana, que tinha como destino Minsk, capital da Bielorrúsia.

Contactado pela Lusa, o piloto de linha aérea Jaime Prieto disse que os procedimentos realizados são os normais perante uma situação de emergência.

Jaime Prieto explicou que durante o período em que o avião sobrevoou a região Norte de Lisboa, nomeadamente em círculos, o piloto estaria a "fazer todos os procedimentos" para avaliar se conseguiria resolver os problemas técnicos e se teria capacidade de navegar para um aeroporto menos movimentado.

Numa primeira fase, "o piloto tenta dominar as falhas", e após isso, se consegue navegar, irá levar o avião para um aeroporto menos movimentado, explicou, pelo que a escolha de Beja é natural, já que "não prejudica o tráfego" aéreo em Lisboa e diminui os riscos se a aterragem falhar.

"Se pode ir para uma zona menos densamente povoada", essa é a opção, acrescentou Jaime Prieto.

O avião da Air Astana só conseguiu aterrar à terceira tentativa.

Sobre quais seriam as falhas da aeronave, Jaime Prieto disse que "problemas de navegação não dificultam muito a aterragem, são mais de ordem mecânica".

No entanto, sempre que haja dificuldade de aterragem, "o piloto precisa de uma pista com mais distância", pelo que a escolha do aeroporto serve para o efeito.

Fonte aeronáutica disse à Lusa que o avião registou uma "falha crítica nos sistemas de navegação e controlo de voo".

Segundo a mesma fonte, o avião tinha estado a fazer manutenção nas oficinas da OGMA -- Indústria Aeronáutica de Portugal.

Durante a emergência, as autoridades chegaram a equacionar a possibilidade de o avião tentar uma amaragem no rio Tejo, mas as condições atmosféricas não o permitiram.

A mesma fonte disse à Lusa que o piloto foi recuperando com o tempo alguns dos instrumentos que se tinham avariado, o que lhe permitiu aterrar em Beja.

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