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Bifana, francesinha e caldo verde fazem parte do 'curso' de português

Bifana, francesinhas ou caldo verde fazem parte das palavras portuguesas aprendidas na cimeira tecnológica Web Summit pelos participantes que escolhem 'conhecer' Portugal pelo estômago.

Bifana, francesinha e caldo verde fazem parte do 'curso' de português
Notícias ao Minuto

14:19 - 08/11/18 por Lusa

País Conferência

Ainda antes da 'hora de ponta' dos almoços nos espaços entre os quatro pavilhões da Feira Internacional de Lisboa (FIL), o russo Konstantin Bychenkov come um caldo verde, com o obrigatório pedaço de chouriço, e mesmo sem se lembrar do nome da sopa, já enumera as suas qualidades.

A sopa em si não era desconhecida para este russo, que já a tinha encontrado numa cadeia de comida rápida norte-americana em Portugal, onde, com esta vez, já conta três presenças.

"Os russos gostam muito de sopas, que são muito saudáveis, saborosas e fáceis de comer. São ótimas. Eu gosto da cozinha portuguesas. E quando vejo esta sopa, sei que estou em Portugal", garante.

O também russo Vasily Mazanyuk escolheu experimentar uma bifana, nesta sua quarta visita a Portugal e terceira na Web Summit, mas já relata, com agrado, as experiências que teve com o naco na pedra e com o marisco.

E mesmo sem saber o nome da sandes que ia começar a comer, justifica a sua escolha pelo "bom ar, cheiro bom". "E gosto que quando cozinham, metam muito molho", remata.

Nuno Antunes não recorre às 'app' para vender bifanas no tacho, batatas fritas e bebidas, mas faz já uma avaliação positiva da sua primeira presença dentro da FIL, depois de nos outros anos ter estado junto do Pavilhão de Portugal.

"Há muito mais movimento aqui [na FIL] e o forte é do meio dia e meia às duas, duas e meia da tarde", explica o empresário à Lusa, que explica aos clientes que vende "um bife de porco, no pão, feito no tacho".

"E as pessoas comem, gostam, algumas voltam. E está a ser muito bom", resume o empresário, que quando questionado sobre as razões para o seu espaço ser escolhido frente à concorrência, responde rapidamente: "porque as minhas são as melhores" e o "serviço é rápido, é pagar e a equipa já está a despachar serviço".

Ter um evento com 70 mil pessoas de todo o mundo em novembro no calendário é bom para estes negócios, cuja altura mais forte é o verão, acrescenta Nuno Antunes.

A palavra bifana não tem levantado problemas de tradução, remata o empresário, que só "nota o sotaque, mas percebe-se bem o que eles dizem".

Até porque quando chega a "hora do almoço é sempre a aviar", o que neste espaço quer dizer bifanas no tacho servidas pela equipa de seis pessoas entre os seis e os oitos euros.

Já Francisco Mendes trouxe da "sua" Seia enchidos e presunto, que produz de forma artesanal, para vender sandes aos participantes da Web Summit, onde marca presença desde a primeira edição na FIL.

"A aceitação dos produtos tradicionais portugueses é muito boa por parte das pessoas que vêm de fora. Primeiro, pela qualidade, depois porque são ainda desconhecidos", justifica o empresário, referindo a importância de revelar mais do que o pastel de nata e o vinho do Porto.

Francisco Mendes garante ter já fidelizado clientes desde o primeiro ano, informando que a quantidade que traz para estes dias "é significativa, semelhante a um festival".

"Mas ainda mais importante que a quantidade, é a qualidade do que se vende e a divulgação que fazemos dos produtos tradicionais do interior do país", garante.

Presunto é a prova de que a língua portuguesa "não é fácil". "Mas como temos as coisas escritas em português e em inglês, eles às vezes tentam, até em tom de brincadeira", dizer a palavra em português", testemunha.

O polaco Wojtek Borowski preferiu a bifana, cujo nome diz sem hesitações, para o almoço nesta sua estreia na Web Summit e por conselho da namorada.

"Ontem experimentei francesinha, que é muito saborosa, mas deixou-me cheio", refere o polaco, que afirma que no pouco tempo que está por Portugal vai aproveitar ao máximo e já promete voltar quer como turista, como participante na Web Summit. E como apreciador de comida.

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