Acusado de matar mulher entra em contradição e remete-se ao silêncio
Um homem acusado de matar uma mulher a quem arrendara um quarto, e de enterrar o corpo numa mata, remeteu-se hoje ao silêncio após se multiplicar em explicações que o Tribunal de São João Novo, no Porto, considerou inconsistentes.
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País Porto
O homem, que está acusado pelos crimes de homicídio qualificado e de ocultação de cadáver, recusou a intenção de matar. Na audiência de hoje e em pelo menos uma outra, alegou sempre que a mulher morreu acidentalmente ao bater com a cabeça no chão, depois de uma discussão, mas divergiu nos detalhes.
Hoje, após visionar um vídeo de reconstituição da morte da mulher, deu como adquirido que as imagens confirmavam a morte acidental e escusou-se a mais esclarecimentos, pedidos pelo coletivo de juízes.
Também na sessão de hoje, o tribunal pediu novamente ao Instituto de Medicina Legal uma perícia de personalidade do arguido.
Segundo o Ministério Público, no dia 01 de outubro de 2015 o arguido, de 42 anos, matou a mulher de 30, a quem arrendara um quarto, e enterrou o corpo numa mata de Vila Nova de Gaia.
Fugiu, entretanto, para França, onde foi detido dois anos depois e indicou então o local exato onde estava o corpo.
Um perito do Instituto de Medicina Legal concluiu, nessa altura, que "os restos cadavéricos analisados estavam já esqueletizados" e "nenhuma das estruturas ósseas apresentava lesões traumáticas".
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