Novo sistema de alerta contra incêndios testado na Serra da Nogueira
Um novo sistema de alerta contra fogos florestais vai ser testado a partir de 01 de janeiro na Serra da Nogueira, em Bragança, onde existe uma das maiores manchas de carvalhal da Europa, divulgaram hoje os promotores.
© Global Imagens
País Bragança
Aquela que é uma das serras mais emblemáticas de Bragança irá testar um dispositivo de sensores desenvolvido no âmbito de um projeto do Instituto Politécnico de Bragança (IPB) e financiado pela Fundação La Caixa, com um investimento de previsto superior a 130 mil euros.
De acordo com uma das investigadoras do projeto, Ana Isabel Pereira, os sensores vão permitir monitorizar permanentemente a fauna e a flora da serra e enviar em tempo real alertas de ignições que permitirão um combate mais rápido em ligação com a Câmara de Bragança, Bombeiros e Proteção Civil.
O projeto Sistema de Monitorização e Alerta Florestal (SAFE) tem como parceiros os centros de investigação de Montanha e Robótica do politécnico, o CIMO E CEDRI, a Câmara de Bragança e o INESCTEC- Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência da Universidade do Porto,
A Serra da Nogueira foi a escolhida, como explicou a investigadora, porque tem características muito particulares, em termos da região ibérica - e por isso é que uma zona Natura 2000- e o projeto tem como propósito "exatamente tentar precavê-la de alguma ignição e também monitorizar porque já muitos estudos foram feitos lá, mas não há um sistema em tempo real para a monitorizar".
A ideia é conjugar a tecnologia e as tecnologias avançadas que existem atualmente em prol da região e do alerta florestal, usando sensores de baixo custo que serão colocados no terreno em locais previamente estudados.
"O que nós nos propomos desenvolver é um sistema inteligente e cujo objetivo é monitorizar a fauna e a flora da Serra da Nogueira, que é uma zona de Natura 2000, e fazer um alerta de identificação de alguma ignição porque quando as ignições forem identificadas previamente, logo no início, os bombeiros e a proteção Civil podem atuar de uma forma diferente e mais eficaz", concretizou.
A Serra da Nogueira "será também uma região teste para este novo sistema e depois a estratégia será desenvolver e promover (o projeto) para outras regiões do país e do mundo".
De acordo com a investigadora, os "sensores vão enviar em tempo real informação para o IPB, que será a central de toda esta informação, e sempre que houver um alerta, sempre que for detetado um dado parâmetro que não está de acordo com aquilo que é expectável, será dado o alerta para a Câmara, para a Proteção Civil e para os bombeiros".
O protocolo com a Fundação La Caixa será assinado em dezembro e o sistema começará a ser instalado a 01 de janeiro, com a expectativa que "daqui a três anos exista experiência e conhecimento suficientes para colocar estes sensores de baixo custo em toda a região e poder alargá-lo a outras regiões", como adiantou.
Outro dos objetivos é poder interligar a parte de alerta português com o espanhol, daí o projeto ter um âmbito transfronteiriço.
A finalidade "é também tentar que apareçam novas empresas que peguem nestas ideias e explorem este conhecimento na região e em Portugal", numa fase posterior.
Outro projeto em que o IPB está envolvido e também contemplado com financiamento da Fundação La Caixa visa criar quatro novos módulos no Centro de Ciência Viva de Bragança, de que fazem parte a instituição de Ensino Superior, a Câmara e o Centro de Ciência Viva nacional.
Aquele espaço irá ter uma intervenção avaliada em 130 mil euros e com início previsto também para 01 de janeiro para criar novos atrativos como um módulo de realidade virtual que vai mostrar toda a zona de Miranda Douro, em parceria com a Estação Biológica Duero/Douro.
Outro módulo será uma "time-laps" (imagens) do Parque de Montesinho, em que à medida que o visitante vai assistindo também serão libertados cheiros da região alusivos a cada uma das estações do ano.
Nos outros dois módulos será feita a monitorização do Rio Fervença e mostrado como a Casa da Seda será um edifício totalmente sustentável do ponto de vista energético.
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