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Novo sistema de alerta contra incêndios testado na Serra da Nogueira

Um novo sistema de alerta contra fogos florestais vai ser testado a partir de 01 de janeiro na Serra da Nogueira, em Bragança, onde existe uma das maiores manchas de carvalhal da Europa, divulgaram hoje os promotores.

Novo sistema de alerta contra incêndios testado na Serra da Nogueira
Notícias ao Minuto

17:48 - 02/11/18 por Lusa

País Bragança

Aquela que é uma das serras mais emblemáticas de Bragança irá testar um dispositivo de sensores desenvolvido no âmbito de um projeto do Instituto Politécnico de Bragança (IPB) e financiado pela Fundação La Caixa, com um investimento de previsto superior a 130 mil euros.

De acordo com uma das investigadoras do projeto, Ana Isabel Pereira, os sensores vão permitir monitorizar permanentemente a fauna e a flora da serra e enviar em tempo real alertas de ignições que permitirão um combate mais rápido em ligação com a Câmara de Bragança, Bombeiros e Proteção Civil.

O projeto Sistema de Monitorização e Alerta Florestal (SAFE) tem como parceiros os centros de investigação de Montanha e Robótica do politécnico, o CIMO E CEDRI, a Câmara de Bragança e o INESCTEC- Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência da Universidade do Porto,

A Serra da Nogueira foi a escolhida, como explicou a investigadora, porque tem características muito particulares, em termos da região ibérica - e por isso é que uma zona Natura 2000- e o projeto tem como propósito "exatamente tentar precavê-la de alguma ignição e também monitorizar porque já muitos estudos foram feitos lá, mas não há um sistema em tempo real para a monitorizar".

A ideia é conjugar a tecnologia e as tecnologias avançadas que existem atualmente em prol da região e do alerta florestal, usando sensores de baixo custo que serão colocados no terreno em locais previamente estudados.

"O que nós nos propomos desenvolver é um sistema inteligente e cujo objetivo é monitorizar a fauna e a flora da Serra da Nogueira, que é uma zona de Natura 2000, e fazer um alerta de identificação de alguma ignição porque quando as ignições forem identificadas previamente, logo no início, os bombeiros e a proteção Civil podem atuar de uma forma diferente e mais eficaz", concretizou.

A Serra da Nogueira "será também uma região teste para este novo sistema e depois a estratégia será desenvolver e promover (o projeto) para outras regiões do país e do mundo".

De acordo com a investigadora, os "sensores vão enviar em tempo real informação para o IPB, que será a central de toda esta informação, e sempre que houver um alerta, sempre que for detetado um dado parâmetro que não está de acordo com aquilo que é expectável, será dado o alerta para a Câmara, para a Proteção Civil e para os bombeiros".

O protocolo com a Fundação La Caixa será assinado em dezembro e o sistema começará a ser instalado a 01 de janeiro, com a expectativa que "daqui a três anos exista experiência e conhecimento suficientes para colocar estes sensores de baixo custo em toda a região e poder alargá-lo a outras regiões", como adiantou.

Outro dos objetivos é poder interligar a parte de alerta português com o espanhol, daí o projeto ter um âmbito transfronteiriço.

A finalidade "é também tentar que apareçam novas empresas que peguem nestas ideias e explorem este conhecimento na região e em Portugal", numa fase posterior.

Outro projeto em que o IPB está envolvido e também contemplado com financiamento da Fundação La Caixa visa criar quatro novos módulos no Centro de Ciência Viva de Bragança, de que fazem parte a instituição de Ensino Superior, a Câmara e o Centro de Ciência Viva nacional.

Aquele espaço irá ter uma intervenção avaliada em 130 mil euros e com início previsto também para 01 de janeiro para criar novos atrativos como um módulo de realidade virtual que vai mostrar toda a zona de Miranda Douro, em parceria com a Estação Biológica Duero/Douro.

Outro módulo será uma "time-laps" (imagens) do Parque de Montesinho, em que à medida que o visitante vai assistindo também serão libertados cheiros da região alusivos a cada uma das estações do ano.

Nos outros dois módulos será feita a monitorização do Rio Fervença e mostrado como a Casa da Seda será um edifício totalmente sustentável do ponto de vista energético.

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