Escolas e serviços municipais encerrados e lixo nas ruas em todo o país
A greve da função pública provocou o encerramento de autarquias e serviços municipais, de norte a sul do país, e deixou lixo por recolher desde a última noite, informou hoje o Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local.
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País STAL
As Câmaras Municipais da Sertã, Serpa e Lagos estão hoje encerradas, em consequência da adesão a 100% dos funcionários à greve da função pública, enquanto dezenas de municípios, apesar de não terem encerrado os edifícios sede da autarquia, têm a maioria dos serviços também encerrados, informou o Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local (STAL).
Depois de, durante as primeiras horas da madrugada, não ter sido feita a recolha noturna de resíduos sólidos, também durante o dia se registou a paralisação dos serviços de higiene diurna nos concelhos de Évora, Loures e Odivelas, Setúbal, Setúbal, Moita, Palmela, Seixal, Almada, Amadora, Arraiolos, Barreiro, Sesimbra e Sines. Com uma adesão à greve superior a 75% estão também os concelhos de Sintra, Lisboa, Funchal e Coimbra.
De acordo com um dos responsáveis do STAL, José Correia, os concelhos de Coimbra, Barreiro, Braga e Portalegre registam ainda "grandes constrangimentos" nos transportes urbanos municipais.
"Em Coimbra, de um total de 25 autocarros circularam [na manhã de hoje] apenas quatro, no Barreiro de uma frota de mais de 20 autocarros funcionaram três. Os transportes urbanos municipais estão gravemente afetados pela greve", afirmou José Correia, em declarações à agência Lusa.
O responsável destacou ainda a "adesão muito significativa" dos auxiliares das escolas do 1.º, 2.º ciclos e secundárias, o que originou o fecho de "dezenas e dezenas" de escolas.
Inicialmente, a greve foi convocada pela Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública (ligada à CGTP) para pressionar o Governo a incluir no Orçamento do Estado para 2019 (OE2019) a verba necessária para aumentar os trabalhadores da função pública, cujos salários estão congelados desde 2009.
Contudo, após a última ronda negocial no Ministério das Finanças, em meados de outubro, a Federação de Sindicatos da Administração Pública e o Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado, ambos filiados na UGT, anunciaram que também iriam emitir pré-avisos de greve para o mesmo dia, tendo em conta a falta de propostas do Governo, liderado pelo socialista António Costa.
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