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Tancos: Marcelo, "o chato do costume", desconhece telefonema a Azeredo

Presidente da República não sabe de telefonema algum entre a antiga procuradora geral da República e o então ministro da Defesa, Azeredo Lopes sobre o caso Tancos.

Tancos: Marcelo, "o chato do costume", desconhece telefonema a Azeredo
Notícias ao Minuto

14:59 - 26/10/18 por Melissa Lopes

País Belém

O Presidente da República disse ter tido conhecimento, apenas esta sexta-feira e através dos jornalistas, do "novo dado" sobre o caso Tancos: o alegado telefonema de Joana Marques Vidal ao então ministro da Defesa dando conta da sua insatisfação em relação à atuação da Polícia Judiciária Militar.

Questionado sobre o tema, Marcelo Rebelo de Sousa respondeu com uma pergunta: “Como é que é possível saber o que se passa num telefonema entre duas pessoas responsáveis?”

“Está a contar-me isso, estou a aceitar como um dado novo”, sublinhou. Perante a insistência dos jornalistas, o chefe de Estado atirou: “Não telefonei, nem recebi o telefonema”.

A única coisa que pode dizer relacionado com a ex-Procuradora, declarou Marcelo, foi que Joana Marques Vidal “esteve sempre empenhada no avanço da investigação”.

De acordo com a investigação do 'Sexta às 9',  o primeiro-ministro terá tido conhecimento do teor do telefonema entre Joana Marques Vidal e Azeredo Lopes. António Costa já garantiu que nada sabia. Na mesma linha, a ministra da Justiça também assegurou desconhecer qualquer chamada.

Sobre "quantos falaram comigo sobre esta matéria, e falámos muitas vezes, não fiquei com a impressão que qualquer dessas pessoas soubesse o que se passava, mas vamos deixar a investigação criminal apurar" a verdade, disse Marcelo, sublinhando que o país precisa de virar a página, mas  "não antes sem responsabilizar quem esteve envolvido". 

O Presidente da República - que diz "confiar muito no Ministério Público e na investigação" - aproveitou ainda para dizer que sempre encarou o caso Tancos como algo grave e que, essa posição, explica o facto de ter alertado para a importância de se descobrir a verdade, quando já não se falava no assunto, após a recuperação das armas. 

"Fui o chato do costume porque sou Comandante Supremo das Forças Armadas e Presidente da República", afirmou, e portanto, "alguém que é responsável e que acha que não se pode esquecer nem minimizar" o caso. Marcelo criticou ainda quem, na altura, minimizou afirmando que "está tudo bem, ainda ganhámos mais uma caixa". "Nunca partilhei dessa visão, o assunto não podia ser tratado com leveza", firmou. 

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