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Torre de Belém, Jerónimos e Museu dos Coches encerrados

A Torre de Belém, o Mosteiro dos Jerónimos, e os museus nacionais dos Coches e Arqueologia, em Lisboa, estão hoje encerrados devido à greve na Função Pública, disse à agência Lusa fonte sindical.

Torre de Belém, Jerónimos e Museu dos Coches encerrados
Notícias ao Minuto

12:12 - 26/10/18 por Lusa

País Função Pública

De acordo com Catarina Simão, do Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Sul e Regiões Autónomas, estes monumentos e museus na zona de Belém encontram-se encerrados devido à adesão dos trabalhadores à greve.

Relativamente ao Museu Nacional dos Coches, segundo a dirigente sindical, "estão encerrados tanto o novo museu como o antigo Picadeiro Real", precisou.

Na quinta-feira, os trabalhadores da Torre de Belém, do Mosteiro dos Jerónimos e do Museu Nacional de Arqueologia também fizeram greve, entre as 10:00 e as 11:00, no quadro de um pré-aviso de quatro dias, que se prolonga até domingo.

Essa greve parcial - um protesto pela falta de condições de trabalho, segundo o sindicato, por "exaustão" dos trabalhadores - motivou longas filas sobretudo junto ao Mosteiro e à Torre de Belém, segundo disse a dirigente, na quinta-feira.

"É uma chamada de atenção dos trabalhadores face a esta escalada incontrolável de turistas, que, afinal, estão a dar receitas ao Estado, mas não há um retorno para os funcionários, que não têm condições de trabalho", comentou.

Catarina Simão disse ainda à Lusa que a Torre de Belém continua com dois funcionários e recebe atualmente 2.000 visitantes por dia, enquanto o Mosteiro dos Jerónimos tem uma afluência diária de 8.000 pessoas, com seis trabalhadores no atendimento.

A greve, marcada até domingo, decorrerá apenas das 10:00 às 11:00 nos dias seguintes, o que deverá atrasar a abertura de portas de três dos mais visitados espaços culturais da cidade e do país.

Em causa nesta paralisação estão várias queixas dos funcionários, alguns em condições laborais precárias.

O sindicato refere a falta de limpeza e de condições sanitárias, com a presença de ratos nos espaços de serviços, atrasos no pagamento de trabalho suplementar em dias de eventos, impedimento de dias de gozo de descanso e alteração de período de férias.

Catarina Simão lamentou na quarta-feira, também em declarações à Lusa, a falta de contacto com o Ministério da Cultura, referindo que o sindicato pediu reuniões, sem sucesso, com a Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) desde que a atual diretora, Paula silva, tomou posse, e que a única reunião com a tutela foi ainda com o ex-ministro João Soares.

Contactada hoje pela agência Lusa, a DGPC disse que não comenta os encerramentos.

Na quinta-feira, a diretora-geral do Património Cultural, Paula Silva, revelou que o Mosteiro dos Jerónimos e o Museu Nacional de Arqueologia, em Lisboa, terão bilheteiras automáticas a funcionar a partir de novembro, libertando, assim, trabalhadores para outras funções.

Paula Silva explicou que alguns destes funcionários, que trabalham como assistentes de bilheteira, poderão ter outras funções depois da entrada em funcionamento da bilhética automática: "Estamos a fazer uma mudança de pensamento e espero bem que os trabalhadores fiquem menos sobrecarregados de trabalho, porque não é isso que queremos".

A partir de novembro, estarão a funcionar as bilheteiras automáticas no Mosteiro dos Jerónimos e no Museu Nacional de Arqueologia e, posteriormente, na Torre de Belém, nos mosteiros da Batalha e de Alcobaça, e no Convento de Cristo, em Tomar.

De acordo com o relatório de atividades de 2017 da DGPC, no ano passado, o Mosteiro dos Jerónimos recebeu mais de um milhão de visitantes (1.080.902), enquanto o Museu Nacional de Arqueologia - que funciona numa das alas deste mosteiro - contou com 167.634 entradas.

Em 2017, a Torre de Belém teve 575.875 visitantes.

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