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Azeredo chamado a depor? PGR diz que não há qualquer diligência agendada

Antigo chefe de gabinete do ex-ministro Azeredo Lopes foi ouvido, esta quinta-feira, como testemunha do caso que investiga o reaparecimento das armas roubadas de Tancos.

Azeredo chamado a depor? PGR diz que não há qualquer diligência agendada
Notícias ao Minuto

10:50 - 25/10/18 por Melissa Lopes

País Tancos

A Procuradoria-Geral da República refere, numa nota enviada ao Notícias ao Minuto, que o Ministério Público do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) “não tem, neste momento, qualquer diligência agendada” relativamente à Operação Húbris, que investiga as circunstâncias em que o material roubado em Tancos foi encontrado.

O esclarecimento surge na sequência da notícia do Diário de Notícias que dava conta de que o ex-ministro da Defesa Nacional, Azeredo Lopes, havia sido chamado a depor pelos procuradores do DCIAP.

O antigo chefe de gabinete do ex-ministro da Defesa Azeredo Lopes, recorde-se, foi esta quarta-feira, dia 24, ouvido como testemunha pelo Ministério Público no âmbito desta investigação. 

Segundo a Procuradoria-Geral da República, "a diligência consistiu na inquirição de uma testemunha", adiantando que o processo "tem nove arguidos", entre os quais o ex-diretor da Polícia Judiciária Militar (PJM), tenente Luis Vieira e o antigo porta-voz da PJM, major Vasco Brazão.

Já de acordo com a edição desta quinta-feira do jornal Público, o ex-chefe de gabinete fez saber que informou o então ministro da Defesa, Azeredo Lopes, da alegada encenação em Tancos.

Martins Pereira foi chefe de gabinete do ex-ministro da Defesa Nacional entre 7 de dezembro de 2015 e 11 de janeiro de 2018 e é, desde 15 de janeiro, adjunto do Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas para o Planeamento e Coordenação.

De recordar ainda que o caso de Tancos levou à demissão do então ministro da Defesa depois de o ex-porta-voz da Polícia Judiciária Militar ter dito às autoridades que Azeredo Lopes havia sido informado do encobrimento relacionado com o reaparecimento das armas roubadas. Algo que o próprio negou desde logo, mas que acabou por ditar a sua saída do Governo.

A Polícia Judiciária deteve em 25 de setembro o diretor e outros três responsáveis da PJM e um civil e três elementos do Núcleo de Investigação Criminal da GNR de Loulé.

Para o Ministério Público, existem "factos suscetíveis de integrarem crimes de associação criminosa, denegação de justiça, prevaricação, falsificação de documentos, tráfico de influência, favorecimento pessoal praticado por funcionário, abuso de poder, recetação, detenção de arma proibida e tráfico de armas".

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