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PSP abre inquérito à fuga de três detidos do Tribunal do Porto

A PSP vai abrir um inquérito interno para apurar "se houve, ou não, falhas" policiais na fuga dos três detidos, na quinta-feira, do Tribunal de Instrução Criminal do Porto (TIC), foi hoje anunciado.

PSP abre inquérito à fuga de três detidos do Tribunal do Porto
Notícias ao Minuto

22:34 - 19/10/18 por Lusa

País Autoridades

A informação foi transmitida hoje aos jornalistas pelo diretor de relações públicas da PSP, Alexandre Coimbra, numa conferência de imprensa que decorreu na sede da Direção Nacional da PSP, em Lisboa.

"A PSP, depois da fuga destes indivíduos, decidiu abrir um inquérito interno para apurar as circunstâncias em que ocorreu esta fuga", informou o intendente Alexandre Coimbra, acrescentando que "houve a necessidade de apurar responsabilidades" e que essa investigação "está a decorrer".

Por causa disso, este responsável da PSP escusou-se a responder a várias perguntas, apontando que é informação que "faz parte do inquérito" em curso.

Porém, Alexandre Coimbra admitiu que a fuga "é da responsabilidade da PSP" e, por isso, determinou as averiguações.

"Quando se abre uma averiguação, naturalmente, é para detetar se houve ou não houve falhas e, portanto, esse processo está a decorrer para apurar se houve falhas e de quem é a responsabilidade dessas falhas", sublinhou.

Os três homens foram hoje detidos "devidamente, legalmente", pelas 17:30, num parque de campismo em Gondomar, tendo em sua posse 40 mil euros em notas de 500 euros, dinheiro "que já dispunham", adiantou Alexandre Coimbra.

Os detidos, que foram encaminhados ao estabelecimento prisional do Porto, estavam juntos e, segundo a polícia, "tudo indicia que se estivessem a preparar para abandonar o país".

Já quando se evadiram do TIC, os homens "foram ajudados por familiares", indicou Alexandre Coimbra, esclarecendo, contudo, que hoje não houve mais detenções relativas a este caso.

De acordo com a PSP, esta operação mobilizou "várias dezenas" de agentes da Divisão de Investigação Criminal e da Unidade Especial de Polícia, mas os arguidos "não tinham armamento na sua posse", nem ofereceram resistência.

Na conferência de imprensa, a PSP aproveitou ainda para agradecer a "todos os portugueses que ligaram e transmitiram dados importantes para o culminar das investigações".

Os três suspeitos de dezenas de furtos a idosos no Grande Porto fugiram do TIC na quinta-feira à tarde, depois de um juiz de instrução lhes decretar prisão preventiva.

Após a fuga, as autoridades policiais desencadearam uma operação de captura, alertando então que os foragidos eram considerados perigosos e estavam "potencialmente" armados.

Os arguidos são dois irmãos gémeos, de 35 anos, mais um cúmplice, de 25, com antecedentes criminais, que foram presentes ao juiz de instrução depois de terem sido detidos em flagrante delito na terça-feira em Baguim do Monte, no concelho de Gondomar.

São-lhes imputados, pelo menos, 30 assaltos violentos, que terão rendido meio milhão de euros em dinheiro e bens, em residências de idosos na zona mais oriental do Porto e em concelhos periféricos, como Gondomar, Valongo ou Maia.

Os alvos do grupo eram pessoas com idades entre os 65 e os 95 anos.

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