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Costa diz que só conjugação muito má de astros impedirá Brexit

O primeiro-ministro, António Costa, considerou hoje, em Bruxelas, que só se "os astros estiverem muito mal conjugados" é que não haverá um acordo sobre o 'Brexit', pois é essa a vontade de todos e resta apenas "um ponto em discussão".

Costa diz que só conjugação muito má de astros impedirá Brexit
Notícias ao Minuto

15:35 - 18/10/18 por Lusa

Política Primeiro-ministro

Em declarações aos jornalistas no final de um Conselho Europeu centrado nas negociações com Londres sobre a saída do Reino Unido da União Europeia, António Costa admitiu que a notícia que sai desta cimeira sobre o 'Brexit' é "assim-assim", pois "apesar de ter havido já bons progressos na preparação do acordo de saída, não houve ainda um acordo final".

Apesar de não ter sido possível celebrar um acordo global na cimeira que até agora era apresentada como "o momento da verdade" nas negociações em torno do 'Brexit', António Costa disse esperar um compromisso com Londres "a tempo e horas", comentando que tal perspetiva "não é uma questão de otimismo, é uma questão de realismo", já que as negociações têm progredido e "ninguém tem interesse em que não haja acordo".

Segundo o primeiro-ministro, desde a cimeira de Salzburgo, em setembro, já muitos dossiês foram desbloqueados e o que resta nesta "ponta final" das negociações é a questão da fronteira da Irlanda com a Irlanda do Norte, que admitiu ser "delicada e difícil".

"Neste momento já só está um ponto em discussão, portanto eu diria que era preciso que os astros estivessem muito mal conjugados para que não chegássemos a um acordo a tempo e horas", disse.

Contudo, acrescentou, e porque "mais vale prevenir do que remediar, todos os Estados-membros e a UE estão a desenvolver planos de contingência tendo em vista responder a uma eventualidade de até às 23:00 horas do dia 29 de março de 2019 não haver um acordo".

Os chefes de Estado e de Governo da União Europeia a 27 concordaram na quarta-feira à noite, em Bruxelas, que não se registaram progressos suficientes nas negociações com o Reino Unido, descartando por isso, para já, o agendamento de uma nova cimeira extraordinária para novembro, como chegou a ser equacionado.

Depois de terem ouvido a primeira-ministra britânica, Theresa May, e, já sem o Reino Unido na sala, terem escutado o ponto da situação pelo chefe-negociador da UE, Michel Barnier, os líderes dos 27 concordaram que, apesar das intensas negociações, "não foram alcançados suficientes progressos" que permitam fechar em breve um acordo global com o Reino Unido para a concretização do 'Brexit'.

Os 27 reiteraram a sua total confiança no negociador-chefe da UE e afirmaram-se prontos a convocar um novo Conselho Europeu, mas apenas "se e quando" Barnier der contas de progressos reais nas negociações com Londres que desbloqueiem o impasse a que se chegou e que inviabilizou um compromisso hoje.

A possível realização de uma nova cimeira em novembro, que chegou a ser sugerida pelo presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, foi, portanto, descartada para já, pois a mesma visava formalizar um acordo caso fosse hoje constatado que o mesmo estaria próximo, mas Barnier reafirmou hoje que "é preciso tempo, muito mais tempo".

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