"Nunca a minha ausência comprometeu o socorro ou a proteção das pessoas"
O comandante dos Bombeiros Municipais da Figueira da Foz pediu demissão depois de ser acusado de abandono de posto durante a passagem do furacão Leslie pela Figueira da Foz.
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País Nuno Osório
Nuno Osório entrou em direto, na tarde desta quarta-feira, na RTP3, para justificar a sua demissão após as acusações de abandono de posto durante a passagem do furacão Leslie pela Figueira Foz.
O comandante demissionário dos Bombeiros Municipais da Figueira da Foz começou por admitir que se ausentou do quartel “por aproximadamente duas a três horas", depois de ter passado "todo o dia a trabalhar".
“Estive no terreno mais de 20 horas, desde a gestão da operação à resposta, mas é claro que há um período de tempo em que tenho necessidades pessoais para resolver e que me desloco a casa. Contudo, e quero que isto fique claro, nunca, mas nunca em momento algum a operação esteve sem comando ou sem gestão da coordenação operacional da Proteção Civil, nunca isso aconteceu”, afirmou Nuno Osório aproveitando para acrescentar que quem ficou a gerir a operação foram “quadros superiores da Proteção Civil" e, no âmbito dos bombeiros, o Segundo Comandante da corporação.
Nestas declarações, Nuno Osório reiterou ainda que “nunca em momento algum” abandonou a operação de resposta e socorro das pessoas que foram atingidas pela tempestade e que aproveitou “um momento de maior fluxo na recuperação” para se ausentar.
Questionado sobre a possibilidade desta ausência ter posto vidas em risco, o comandante assegurou que isso não aconteceu e que apenas se demitiu porque não concorda com as acusações de que foi e está a ser alvo.
“Nunca a minha ausência comprometeu o socorro ou a proteção das pessoas. Eu entendi que não merecia a forma como estava a ser gerida a informação na praça pública e decidi apresentar ao Presidente da Câmara a cessação do cargo", concluiu.
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