"Satisfeita ficaria eu se as mulheres vítimas de violência não tivesse que sair da sua casa, é a resposta que gostaríamos de dar, é o nosso grande objetivo", disse.
De acordo com dados do Governo a que a agência Lusa teve acesso, em 2014 subsistiam em Portugal 29 estruturas, com capacidade de acolhimento de 518 vagas, situação que foi alterada até 2017, onde passaram a existir 31 casas de abrigo, com 559 vagas, o que perfaz um aumento de 11%.
A governante, que falava em Ponte de Sor, no distrito de Portalegre, nas primeiras Jornadas do Alto Alentejo contra a Violência, iniciativa promovida pela Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV), destacou ainda que o número de acolhimento de emergência também aumentou nos últimos três anos em 52%.
O número de respostas de acolhimento de emergência em 2014 era de 19 e em 2017 passou para 22.
Em 2014 registaram-se 941 acolhimentos de mulheres e crianças, ao passo que em 2017 foram contabilizados 1426 (mais 52%).
"A teleassistência às vítimas aumentou em três anos 251%. De 302 vítimas apoiadas em 2014 para 1.060 em 2017", acrescentou.
A ministra da Presidência e da Modernização Administrativa também destacou no seu discurso que, no mesmo período, os femicídios nas relações de intimidade e familiar tiveram uma redução de 53%.
Segundo os dados, em 2014 registaram-se 43 casos e em 2017 apenas 20.
No mesmo documento é apontado que em 2014 foram condenadas por crime de violência doméstica 1.275 pessoas e em 2017 foram por sua vez condenadas 1.528.