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"Vim demonstrar de forma voluntária que não é preciso nenhum mandado"

O ex-presidente do Sporting apresentou-se esta quinta-feira, primeiro no Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) e, posteriormente, no Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) para prestar, de forma voluntária, declarações sobre a invasão a Alcochete.

"Vim demonstrar de forma voluntária que não é preciso nenhum mandado"

À saída do DIAP onde, esta quinta-feira, se dirigiu para prestar declarações, voluntariamente, sobre o caso das agressões a jogadores e equipa técnica do Sporting, na Academia de Alcochete, no passado mês de maio, Bruno de Carvalho falou com os jornalistas.

O ex-presidente do Sporting, que antes se dirigiu ao DCIAP,  disse que se dirigiu a estes departamentos por iniciativa própria, sustentando que está "com a consciência totalmente tranquila" e que não necessita de nenhum mandado para prestar declarações.

"Fala-se nos bastidores de mandados de detenção para ser ouvido..., eu fui ao DCIAP e aqui [DIAP] e não pude ser ouvido porque não está aqui o processo. [Mas] Vim demonstrar de forma voluntária que não é preciso nenhum mandado, venho aqui sempre que houver necessidade, não são necessários mandados, mas todos os dias ouvir isto cansa", afirmou Bruno de Carvalho.

O antigo líder leonino sublinhou ainda que não é arguido no caso e que o requerimento para ser ouvido nada teve que ver com a detenção de Bruno Jacinto, esta quarta-feira.

"De certeza que foram detidas preventivamente muitas pessoas no mundo inteiro. Isso foi uma mera coincidência, porque ontem chegou ao meu conhecimento que havia um mandado para esta sexta-feira, eu não necessito de mandados nenhuns", repetiu Bruno de Carvalho aos jornalistas.

"Não estamos a falar de detenção nenhuma, parem com estas fantasias assassinas"

Na companhia de Bruno de Carvalho estava o seu advogado que em declarações aos jornalistas garantiu que não há nenhum mandado de detenção para o seu cliente.

"Não estamos a falar de detenção nenhuma, parem com estas fantasias completamente assassinas, completamente perturbadoras, absolutamente irresponsáveis, parem com isso", pediu o advogado José Preto aos repórteres, adiantando que o requerimento tinha como objetivo mostrar que Bruno de Carvalho está à disposição do Ministério Público para o que for necessário.

"Viemos cá [DIAP] esclarecer as coisas, colocar as coisas em pratos limpos. O meu cliente não foi ouvido por ninguém porque, tal como esclarece o despacho ao requerimento, os autos não estão cá e o procurador notificará se vier a ser útil", frisou.

Recorde-se que a iniciativa de Bruno de Carvalho ocorre um dia depois de o funcionário do Sporting Bruno Jacinto ter sido ouvido em primeiro inquérito judicial, no âmbito do mesmo processo, e de ter ficado em prisão preventiva.

Bruno Jacinto, que na altura das ocorrências era oficial de ligação aos adeptos, é já o 38.º elemento em prisão preventiva por alegado envolvimento nos incidentes de 15 de maio na Academia do Sporting, em Alcochete, em que cerca de 40 alegados adeptos do clube, encapuzados, agrediram alguns jogadores, treinadores e ‘staff'.

Os 38 arguidos que aguardam julgamento em prisão preventiva, entre eles o antigo líder da claque Juventude Leonina Fernando Mendes, são todos suspeitos da prática de diversos crimes, designadamente de terrorismo, ofensa à integridade física qualificada, ameaça agravada, sequestro e dano com violência.

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