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Arguidas vão ressarcir padre da Feira burlado em seis mil euros

Duas mulheres acusadas de terem burlado um padre com publicidade em listas telefónicas manifestaram hoje, no Tribunal de santa Maria da Feira, disponibilidade de reparar o lesado, pagando parte do prejuízo.

Arguidas vão ressarcir padre da Feira burlado em seis mil euros
Notícias ao Minuto

17:26 - 02/10/18 por Lusa

País processo

Antes do início do julgamento, as arguidas chegaram a acordo com o pároco para pagar no presente mês cerca de três mil euros, correspondendo a metade do prejuízo alegadamente causado, disse à Lusa uma das advogadas no processo.

Depois de terem efetuado o respetivo pagamento, o tribunal deverá extinguir a responsabilidade criminal das mesmas, bem como da empresa que ambas representam.

Além destas duas mulheres, também um outro arguido já tinha chegado a acordo com o padre para reparar os prejuízos causados.

O julgamento deverá assim prosseguir com apenas duas mulheres e duas empresas, que respondem por um crime de burla qualificada.

O juiz acabou por adiar o início do julgamento para maio de 2019, porque o advogado de uma das empresas renunciou ao mandato.

Segundo a acusação do Ministério Público (MP), o esquema durou entre agosto de 2010 e fevereiro de 2011, causando um prejuízo de cerca de 120 mil euros às paróquias de Milheirós de Poiares (Feira) e Macieira de Sarnes (Oliveira de Azeméis), onde o padre exercia funções.

Durante este período, os arguidos terão contactado dezenas de vezes o pároco, convencendo-o a pagar faturas de publicidade em listas telefónicas, inserida à sua revelia e sem a prévia assinatura de contrato publicitário.

A vítima estranhava os contactos porque sabia que não tinha celebrado nenhum contrato de publicidade, mas os arguidos ameaçavam que se não pagasse a dívida esta iria ser exigida judicialmente e o padre, devido ao seu estado de saúde e à sua idade avançada, acabava por fazer o pagamento.

"A Paróquia, como instituição de acolhimento a quem precisa, não se pode dar ao luxo de gastar/esbanjar dinheiro, que é fruto das ofertas dos fiéis, em coisas supérfluas, quando tem tantas carências a quem dar resposta imediata (...). Já gastámos convosco muito para além do nosso parco orçamento. E o povo não nos perdoa!", escreveu o padre, numa carta enviada a uma das empresas, onde pedia o cancelamento de futuras edições.

O despacho de pronuncia refere mesmo que a linguagem usada pelo assistente, a sua ingenuidade, remetendo logo no dia seguinte às solicitações os meios de pagamento das quantias exigidas, bem como os pedidos para o deixarem em paz e cancelarem de uma vez por todas as publicações, evidenciam "o estado de confusão" em que aquele se encontrava.

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