Meteorologia

  • 23 ABRIL 2024
Tempo
23º
MIN 13º MÁX 24º

Ministro "repudia imagens degradantes que praxes transmitem à sociedade"

Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior emitiu um comunicado a condenar as praxes abusivas denunciadas nos últimos dias. Manuel Heitor condena "todas as manifestações de poder, humilhação e subserviência associadas a praxes académicas".

Ministro "repudia imagens degradantes que praxes transmitem à sociedade"
Notícias ao Minuto

13:58 - 01/10/18 por Pedro Bastos Reis

País Manuel Heitor

O ministro da  Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, condenou esta segunda-feira as praxes académicas abusivas relatadas nos últimos dias na Universidade de Évora e na Universidade da Beira Interior, manifestando "total apoio ao combate a manifestações de abuso, humilhação e subserviência realizadas entre grupos de estudantes, sejam no espaço público ou dentro das instituições".

Segundo um comunicado enviado às redações, Manuel Heitor já entrou em contacto com os reitores das universidades em causa, assim como com o Diretor-Geral do Ensino Superior (DGES).

A informação recolhida foi entregue ao Inspeção Geral da Educação e Ciência (IGEC) "para que, no quadro das competências que lhe estão legalmente atribuídas, desenvolva a atuação adequada nas situações em apreço e no sentido de punir adequadamente todas as manifestações de poder, humilhação e subserviência associadas a praxes académicas".

No mesmo documento, o ministro refere que "repudia as imagens degradantes que as praxes académicas transmitem à sociedade e considera que a integração dos novos estudantes deve ocorrer de forma positiva".

Manuel Heitor, que ao longo do seu mandato tem condenado veemente as praxes académicas, voltou a insistir que “a valorização das tradições académicas, mesmo quando existentes, não pode legitimar que se humilhe e desvalorize a autoestima dos mais novos”.

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior revelou também os dados das denúncias consideradas abusivas em violentas nos últimos anos letivos. Em 2016/2017, registaram-se 18 situações, mais oito do que as que se verificaram no ano seguinte. 

No presente ano letivo de 2018/2019, a DGES já monitorizou cinco situações de praxe abusiva e violenta. 

Na situação denunciada em Évora, um vídeo mostra um aluno, que manifesta desconforto, a ser forçado a ajoelhar-se e a pôr a cabeça em farinha, perante a intransigência do aluno que o está a praxar. Já no caso da Universidade da Beira Interior, que avançou com uma queixa para o Ministério Público, dois alunos terão sido levados por um grupo para a Serra da Estrela, onde foram obrigados a despir-se e a rastejar, tendo ainda sido agredidos. 

Recomendados para si

;
Campo obrigatório