É lusodescendente e não dá tréguas ao cancro. É a 'Wonder' Augustine
Chama-se Augustine, ‘Wonder' Augustine, e tem apenas quatro anos.
© Facebook/ Wonder Augustine
País Glioma pontino
Chama-se Augustine, tem quatro anos, é lusodescendente e trava uma dura batalha contra ‘o imperador de todos os males’: o cancro. ‘Wonder' Augustine (alusão à mulher maravilha dos super-heróis) luta contra um tumor no tronco cerebral, agressivo e já metastizado no cérebro e na medula espinhal – um glioma pontino intrínseco difuso.
Inesperado e inoportuno como só ele consegue ser, o tumor – ou o diagnótico dele, neste caso – chegou à vida da pequena dois dias antes do seu 4.º aniversário. Sem se fazer anunciar, este intruso tomou conta dos dias de Augustine. Esqueceu-se, porém, que pela frente tem uma lutadora, uma ‘Wonder Augustine’.
Um tumor “inoperável, incurável” foi diagnosticado no dia 3 de agosto de 2018, refere a família na página de Facebook idealizada para suportar a Associação ‘Wonder Augustine’, criada, como explica o Jornal de Notícias, para reunir verbas para ajudar a pagar tratamentos e sensibilizar a sociedade para a existência de doenças raras que necessitam de um maior investimento no seu tratamento.
Augustine luta contra um tumor inoperável © Facebook/ Wonder Augustine
Gosta, como tantas outras crianças da sua idade, de dançar, de brincar, de ir à escola e de desenhar. Mas a sala de aula cedeu o lugar ao quarto do hospital. Em vez de dançar como só as bailarinas sabem, Augustine sonha com esse dia. Em vez de pegar no lápis para desenhar, Augustine limita-se a imaginar, na sua mente, os desenhos que gostaria de colorir. Dada a gravidade do seu quadro clínico, a menina lusodescendente, que reside em França, já não pode andar, ver ou sequer falar. Ainda assim é, como se diz na gíria, ‘uma força da natureza’. “É muito corajosa nesta provação, não há uma lágrima, nem um choro, ela deixa-se guiar sem qualquer oposição”, escreve a família na rede social.
Augustine sabe que tem uma doença grave e teve os primeiros sintomas uma semana antes do seu aniversário, altura em que começou a sentir-se muito cansada, deixou de falar e apenas se limitava a inclinar a cabeça para a frente. Se inicialmente os pais associaram esse comportamento a uma eventual fadiga, “já que ela é um pouco dorminhoca”, rapidamente perceberam que algo mais se passava, porque ao cansaço se aditou um ligeiro estrabismo e alguma perda de equilíbrio, impossibilitando-a de andar sozinha durante quatro dias.
E o diagnóstico chegou. Neste momento, a “mãe galinha tornou-se uma leoa”, e o pai foi buscar forças onde elas pareciam não existir. De súbito, o outro filho do casal, ainda bebé, vê-se sem a irmã em casa, “a sua grande admiração”.
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