Advogada de Rosa Grilo vai ponderar recorrer de prisão preventiva
Rosa Grilo e o alegado amante, António Félix Joaquim, vão aguardar julgamento em prisão preventiva.
© Facebook / Rosa Grilo
País Crime
A advogada de Rosa Grilo e de António Joaquim admitiu aos jornalistas que já estava à espera que as medidas de coação aplicadas aos suspeitos da morte do triatleta Luís Grilo fossem de prisão preventiva, mas diz não concordar com a decisão.
“Há uma determinada pressão perante o tribunal” por se tratar de um caso mediático, disse aos jornalistas, à saída do Tribunal de Vila Franca de Xira.
Questionada sobre se vai impugnar a decisão da aplicação da medida de coação mais gravosa, a advogada respondeu que sim, considerando existirem razões para tal.
A advogada ressalvou que em causa não está o facto de a prova recolhida pela PJ ser ou não credível. "A questão é que, atendendo à prova indiciária constante nos autos, é normal que o tribunal tome esta decisão", referiu, salientando, contudo "não concordar".
Interrogada sobre se Rosa e António confessaram a autoria do crime, Tânia Reis não quis adiantar nada sobre essa matéria, revelando apenas como é que os seus constituintes estão a encarar a decisão do tribunal: "O senhor António, principalmente, com grande espanto, não estava à espera. E a dona Rosa não está a achar tão estranho", apontou, escusando-se a comentar o quer que seja que os suspeitos tenham confessado durante os interrogatórios.
"Ou nos contentamos ou impugnamos. Se decidirmos impugnar, temos prazos a cumprir, se não, temos que nos contentar e esperar pela reavaliação dos pressupostos das medidas de coação, que são três meses", afirmou ainda.
Recorde-se que o tribunal que aplicou hoje a medida de prisão preventiva aos dois suspeitos da morte de Luís Grilo considerou que se verificaram todos os pressupostos dos crimes imputados, homicídio qualificado, profanação de cadáver e posse de arma proibida.
A nota do tribunal adianta ainda que existe "perigo de fuga, perigo de perturbação do decurso do inquérito (mormente na vertente de aquisição, conservação e veracidade da prova) e perigo de perturbação da ordem e da tranquilidade pública (atentendo à natureza dos ilícitos em causa e a visibilidade social que a prática daqueles crimes implica)".
A PJ acredita que Rosa Grilo e António Félix Joaquim assassinaram Luís Grilo no dia 15 de julho, um dia antes de a mulher ter reportado o seu desaparecimento.
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