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Organizações criticam detenção de gerentes de supermercados de lusos

O Conselho Nacional de Comércio e Serviços da Venezuela (Consecomércio) e a Câmara de Comércio, Indústria e Serviço de Caracas condenaram hoje a detenção de, pelo menos, 14 gerentes de duas redes de supermercados de portugueses.

Organizações criticam detenção de gerentes de supermercados de lusos
Notícias ao Minuto

23:52 - 20/09/18 por Lusa

País Venezuela

Os detidos são acusados pelas autoridades de ter responsabilidade na falta de abastecimento de alguns produtos básicos nas lojas que administram.

"O que aconteceu (as detenções) faz parte de um 'circo' que o Governo costuma fazer quando está envolvido em situações em que perde o controlo do que aspira alcançar", disse a presidente do Consecomércio, Maria Carolina Uzcátegui.

Em declarações à Unión Rádio, esta responsável explicou que os venezuelanos estão a ver o Governo tentar implementar um pacote económico no país, pensando que assim vai conseguir controlar a economia, mas isso "nada mais é que assédio e perseguição".

Por outro lado, explicou que o país "não precisa de mais controlos", mas sim de "liberdade, eliminação do controlo cambial (que impede a livre obtenção de moeda estrangeira no país) e do controlo de preços".

"O Governo deteve pessoas que não são os encarregados de estabelecer os preços dos produtos. São trabalhadores, ganham um salário humilde (...), trabalham para manter operacional um supermercado de grande magnitude e, no entanto, são assediados por um Governo que os culpa, porque as prateleiras estão vazias", disse.

Segundo o Consecomércio, a falta de abastecimento deve-se "a uma economia que não está a funcionar".

Por outro lado, a presidente da Câmara de Comércio, Indústria e Serviços de Caracas, Haydee Cisneros de Salas, acusou o Governo de perseguir os gerentes das redes de supermercados Central Madeirense e Excelsior Gama.

"O balanço é muito grave, porque ao encerramento de empresas e comércios há que somar as medidas policiais. (...) Parece não haver intenção de corrigir as coisas, mas sim de demonstrar que há uma autoridade que protege as pessoas, quando na realidade não é assim", disse.

Haydee Cisneros de Salas explicou que estas arbitrariedades ocorrem "quando não se respeitam os direitos à propriedade" e que as detenções não vão trazer alimentos, luz, água e serviços à população.

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