'Joãozinho' acusa São João de "má vontade" por causa de Centro Pediátrico
A Associação O Joãozinho acusou hoje o Hospital de São João, no Porto, de não ter o Centro Pediátrico concluído por "não querer", por "má vontade", por "boicote" e por "incumprimentos contratuais".
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País Associação
Em declarações à Lusa, o presidente da associação, Pedro Arroja, disse que se as obras não tivessem sido interrompidas em março de 2016, no final deste ano estariam concluídas.
Reagindo ao facto de o Governo ter autorizado na quarta-feira a administração do Centro Hospitalar Universitário de São João a lançar o concurso para a conceção e projeto das novas instalações do Centro Pediátrico, Pedro Arroja recordou que já existe um projeto que tem seis anos.
O projeto de arquitetura existe, tem seis anos e custou 700 mil euros ao hospital, revelou, acrescentando que se agora decidirem fazer um novo este vai ser "deitado à rua".
"O hospital cedeu-nos o projeto para executarmos os trabalhos, não estando nada obsoleto, é um projeto moderníssimo", afirmou.
Pedro Arroja lembrou que a unidade hospitalar tem um contrato com a associação para executar a obra em cooperação, por via mecenática, cujos contratos assumidos pela administração "não estão a ser cumpridos".
"A obra está começada, os trabalhos de demolição das antigas instalações existentes no espaço estão feitos, mas, entretanto, o hospital desde há dois anos e meio que não nos desocupou o serviço de sangue, que tem de ser demolido, para prosseguirmos com a empreitada", contou.
Dizendo que o estaleiro da obra se mantém no hospital, o presidente da associação considerou que "há boicote" por parte da administração, há "má vontade", há "incumprimentos contratuais" e "outros interesses".
"Não tem a ala pediátrica porque não quer porque se a obra não ficasse interrompida estaríamos a conclui-la pelo final deste ano", frisou.
Acusando a administração de "não querer a obra" feita pelo o Joãozinho, Pedro Arroja avançou "estar farto" de tentar reunir-se com a administração para que cumpram o estipulado, mas não tem conseguido porque a outra parte não quer.
Classificando o despacho assinado pelos ministérios da Saúde e das Finanças como "negativo", o presidente comentou que, ao contrário do que se tem vindo a fazer querer nas notícias, o despacho o que diz é que o hospital está autorizado a lançar concurso para a concessão e projeto da ala pediátrica e não para a sua empreitada.
"Isto é remeter para as calendas gregas do início da obra", entendeu, reforçando que é mais uma forma de "atirar areia para os olhos das pessoas".
Com a elaboração de novo projeto, as obras de construção do Centro Pediátrico não irão arrancar nos próximos quatro anos, garantiu.
Também hoje o porta-voz dos pais de crianças com doença oncológica tratadas no São João considerou "pouco claro" o despacho, mostrando receio de voltar à "estaca zero".
Contactado pela Lusa o Hospital São João escusou-se a comentar as acusações da associação.
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