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“O diretor clínico de Gaia não esteve à altura das responsabilidades"

Adalberto Campos Fernandes revelou, esta quarta-feira, que o diretor clínico demissionário da unidade hospitalar de Vila Nova de Gaia esteve no seu gabinete 15 dias antes da demissão em massa dos diretores e chefes de serviço da unidade hospitalar.

“O diretor clínico de Gaia não esteve à altura das responsabilidades"

Foi na ‘Grande Entrevista’ desta quarta-feira, na RTP3, que o ministro da Saúde revelou que o diretor clínico demissionário do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho, José Pedro Moreira da Silva, esteve no seu gabinete 15 dias antes da demissão em massa dos diretores e chefes de serviço da unidade hospitalar e que lhe foi explicado que estava em curso o “maior investimento de sempre” neste hospital.

Adalberto Campos Fernandes não escondeu estar indignado com a atitude de José Pedro Moreira da Silva e garantiu que este não esteve à altura do seu cargo.

“Eu creio que o diretor clínico do Hospital de Gaia não esteve à altura das suas responsabilidades. Ele esteve no meu gabinete 15 dias antes, com a presença do Presidente da Câmara Municipal de Gaia, onde foi reiterado o investimento que está neste momento em curso, que é o maior investimento para o Hospital da Gaia desde sempre, que são 16 milhões de euros e onde foi dito que a terceira fase, que permite finalmente que o Hospital de Gaia recupere alguma dignidade do ponto de vista do seu funcionamento, estaria autorizado para o próximo ano”, sublinhou.

Contudo, o governante assumiu estar solidário com os protestos dos médicos desta unidade hospitalar porque “há 30 anos que o Hospital de Gaia é desvalorizado”.

“Seria errado não reconhecer que, no caso de Gaia, aquilo que os médicos referem como uma chamada de atenção não é relevante e importante. Temos de olhar para aquilo que eles nos dizem. Os problemas no Hospital de Gaia não apareceram agora, há 30 anos que este hospital é desvalorizado, mas as obras estão em curso”, afirmou acrescentando que deposita nestes profissionais toda a sua confiança.

“Eu tenho a maior confiança nos nossos médicos, eles chamaram a atenção de uma forma mais rigorosa, mas não quero crer que a segurança dos utentes possa estar em risco em casos como o do Hospital de Gaia”, assume.

Recorde-se que, no início de setembro, o diretor clínico e os diretores e chefes de serviço do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho, num total de 52 profissionais, anunciaram a sua demissão em protesto contra as "condições indignas" em que trabalham.

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