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Sócrates em conferência para falar sobre processo e sorteio de juízes

O antigo primeiro-ministro José Sócrates vai proferir uma conferência, no sábado em Vila do Conde, sobre o processo Operação Marquês e a ausência de sorteio de juiz quando, em setembro de 2014, o inquérito foi entregue a Carlos Alexandre.

Sócrates em conferência para falar sobre processo e sorteio de juízes
Notícias ao Minuto

17:02 - 18/09/18 por Lusa

País Operação Marquês

Fonte ligada ao evento, promovido pela associação Jusliber, adiantou à agência Lusa que a conferência de José Sócrates terá o tema "A Justiça vista a partir do processo Marquês", em que o antigo chefe do executivo socialista vai falar sobre aquele processo e o que este significa para a justiça portuguesa.

Segundo a mesma fonte, Sócrates deverá ainda falar sobre a questão da renovação, ou não, do mandato da Procuradora-Geral da República, Joana Marques Vidal, que termina em outubro e cujo tema tem marcado a atualidade.

Sócrates, de acordo com a fonte, pretenderá ainda falar sobre o que aconteceu em 09 de setembro de 2014, altura em que o inquérito relativo à Operação Marquês "não foi sorteado" entre os juízes Carlos Alexandre e João Bártolo, tendo sido entregue diretamente ao primeiro magistrado, resultando numa violação do "princípio do juiz natural".

A intervenção pública de José Sócrates em Vila do Conde ocorre pouco tempo depois de os seus advogados, João Araújo e Pedro Delille, terem apresentado o requerimento de abertura de instrução no processo Operação Marquês, opção igualmente tomada por muitos outros arguidos.

O processo Operação Marquês tem como principal arguido o ex-primeiro-ministro, que está acusado de 31 crimes de corrupção passiva, falsificação de documentos, fraude fiscal qualificada e branqueamento de capitais.

O inquérito da Operação Marquês culminou na acusação a 28 arguidos - 19 pessoas e nove empresas - e está relacionado com a prática de quase duas centenas de crimes de natureza económico-financeira.

Sócrates, que chegou a estar preso preventivamente durante dez meses e depois em prisão domiciliária, está acusado de três crimes de corrupção passiva de titular de cargo político, 16 de branqueamento de capitais, nove de falsificação de documentos e três de fraude fiscal qualificada.

A acusação sustenta que Sócrates recebeu cerca de 34 milhões de euros, entre 2006 e 2015, a troco de favorecimentos a interesses do ex-banqueiro Ricardo Salgado no Grupo Espírito Santos (GES) e na PT, bem como por garantir a concessão de financiamento da Caixa Geral de Depósitos ao empreendimento Vale do Lobo, no Algarve, e por favorecer negócios do Grupo Lena.

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