Suspeito de matar ex-mulher por asfixia opta pelo silêncio no tribunal
Um homem acusado de ter matado por asfixia a ex-companheira em outubro de 2017 remeteu-se hoje ao silêncio no início do seu julgamento, perante um coletivo de juízes do Tribunal de São Novo, no Porto.
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País Porto
O arguido foi acusado por um crime de homicídio qualificado, punível com pena de prisão entre 12 e 25 anos.
Uma vez que também se terá apoderado de 1.175 euros que a vítima recebera de vencimentos, está igualmente acusado por furto.
Ainda nesta primeira sessão de julgamento, o tribunal ouviu inspetores da Polícia Judiciária envolvidos em diversas fases da investigação do caso.
Um deles sublinhou que o arguido participou numa reconstituição dos factos e "acabou por confirmar" o que tinha sido apurado na inspeção judiciária e que apontava também para a manutenção de alguma proximidade da mulher e do suspeito, apesar da separação, e para uma persistência do arguido em controlar todos os movimentos da vítima.
"Todos os indícios apontam para um autor próximo da vítima", disse outro investigador.
A acusação do processo, deduzida em 03 de maio, indica que o arguido, de 57 anos, suspeitava que a vítima, de 40 anos, com quem mantivera uma relação de união de facto até 2015, tinha um relacionamento amoroso com outro homem.
Face a essa desconfiança, em 30 de outubro de 2017 dirigiu-se ao quarto em que a vítima residia, na rua Álvares Cabral, na cidade do Porto, e questionou-a quanto a esse relacionamento, mas ela não lhe respondeu e ordenou-lhe que fosse embora.
"O arguido lançou-lhe as mãos ao pescoço e procurou asfixiá-la, o que veio a conseguir, tapando-lhe boca e nariz com uma peça de roupa, assim dando causa à sua morte", refere o MP.
Só cerca de uma semana após a morte da mulher se soube da ocorrência.
O arguido cumpre prisão preventiva à ordem do processo.
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