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Fenprof revoltada com OCDE. "Mentiras" que "manipulam opinião pública"

Um dia depois de ter sido conhecido o relatório ‘Education at a Glance 2018’, da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), a Federação Nacional de Professores (Fenprof) reage aos resultados apresentados, considerando que se trata de números falsos e que, por isso, vai exigir à entidade internacional a correção dos mesmos.

Fenprof revoltada com OCDE. "Mentiras" que "manipulam opinião pública"
Notícias ao Minuto

11:41 - 12/09/18 por Patrícia Martins Carvalho

País Relatório

"O relatório da OCDE parte de dados falsos e põe a circular mentiras”. É desta forma que arranca o comunicado da Fenprof, enviado esta quarta-feira às redações, e que se traduz na reação da plataforma sindical aos dados revelados ontem.

Num tom acusatório, a Fenprof “exige a correção dos dados, bem como informação sobre quem os forneceu para que se construísse uma mentira destas”.

E uma dessas “mentiras”, refere Mário Nogueira, é o rendimento anual de um docente em Portugal: “Se um docente em início de carreira ganhasse, anualmente, 28.349 euros teria um salário mensal de 2.024 euros. É mentira, o seu salário mensal bruto é de 1.530 euros, auferindo, por ano, 21.420 euros. Uma diferença de 6.929 euros”.

E o mesmo se aplica aos professores com 15 anos de carreira e aos que estão no topo da mesma.

“Se um docente com 15 anos de carreira ganhasse, anualmente, 36.663 euros teria um salário mensal de 2.618. É mentira. Se o seu tempo de serviço fosse contado integralmente estaria no 4.º escalão e teria um salário mensal bruto de 1.982 euros. Mas como o governo insiste em não contar o tempo de serviço perdido pelos professores este docente está no 1.º escalão  e aufere um salário mensal bruto é de 1.530 euros, logo, por ano, 21.420 euros. Uma diferença de 15.243 euros! Se um docente no topo da carreira ganhasse, anualmente, 56.401 euros teria um salário mensal de 4.028. É mentira, o seu salário mensal bruto é de 3.364 euros, auferindo, por ano, 47.096 euros. Uma diferença de 9.305 euros", explica a plataforma sindical.

A Fenprof acusa, assim, a OCDE de não ter considerado “todos os constrangimentos que afetam os professores, desde logo a perda de, no mínimo, 9 anos, 4 meses e 2 dias de serviço”, garantindo que “também é falso” o cálculo relativo ao horário de trabalho dos docentes.

“Assim, quer em relação aos salários, quer aos horários de trabalho, partindo de uma base que é errada, todas as conclusões são falsas e não servem para nada a não ser para, mais uma vez, manipular a opinião pública num momento em que os professores lutam em defesa da sua carreira e de melhores condições de trabalho”, lê-se no comunicado.

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