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Higiene urbana "piorou" com passagem de competências para Junta

A qualidade da higiene urbana na cidade de Lisboa piorou com a transferência de competências para as Juntas de Freguesia, que não receberam meios suficientes para fazer face aos problemas, disse à Lusa fonte sindical.

Higiene urbana "piorou" com passagem de competências para Junta
Notícias ao Minuto

10:06 - 08/09/18 por Lusa

País Vítor Reis

"Há mais de quatro anos, fruto da reforma da reorganização administrativa da cidade, foram transferidas uma série de competências para as Juntas de Freguesia, entre elas uma parte da varredura e lavagem das ruas, com cerca de 600 trabalhadores da limpeza urbana que saíram da Câmara. Desde aí para cá, a remoção dos resíduos na Câmara Municipal de Lisboa nunca mais conseguiu recompor-se dessa saída", começou por dizer à Lusa o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Município de Lisboa (STML).

De acordo com Vítor Reis, não há trabalhadores suficientes para fazer face à higiene urbana na cidade, uma vez que o município tem perdido trabalhadores e os concursos para a admissão de novos profissionais "são processos muito morosos e burocráticos".

"Uns saem, outros morrem, outros reformam-se", destacou, acrescentando que a Câmara de Lisboa "tinha que ter uma política de ingresso de pessoal" que garantisse a entrada de "um número suficiente de pessoas para manter sempre um número de operacionais necessários".

O dirigente explicou também que antigamente era possível os mesmos trabalhadores fazerem trabalho de recolha e trabalho de limpeza urbana, enquanto atualmente, com a passagem da varredura e da limpeza das ruas para as Juntas, tal já não é possível.

Assim, Vítor Reis considerou que "a qualidade da higiene urbana na cidade piorou" e acrescentou que "há uma certa indefinição, não no papel, mas na prática, de quem faz o quê".

"Há aqui um empurrar de responsabilidades das câmaras para as Juntas e vice-versa que se reflete na qualidade do serviço e afeta todos", reiterou.

Relativamente às condições laborais dos trabalhadores, Vítor Reis disse que o sindicato está a lutar para que "o Governo considere estas e outras profissões operacionais como de desgaste rápido, que não podem ter o mesmo tempo de duração, quer de horário diário, quer de anos de serviço, que outras profissões".

O município lisboeta conta atualmente com cerca de 500 cantoneiros de limpeza e cerca de 500 condutores de máquinas e veículos especiais, finalizou o presidente do STML, sem conseguir, no entanto, precisar o número ideal de profissionais para fazer face aos problemas de limpeza.

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