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Filha e genro confessam homicídio de professora à Polícia Judiciária

Suspeitos foram detidos na madrugada desta sexta-feira.

Filha e genro confessam homicídio de professora à Polícia Judiciária
Notícias ao Minuto

16:39 - 07/09/18 por Lusa

País Montijo

A filha e o genro da professora encontrada morta no Montijo confessaram o crime ao serem detidos pela Polícia Judiciária, pelas 2h00 da madrugada desta sexta-feira.

A professora encontrada morta em Pegões, no Montijo, terá sido drogada pela filha adotiva e pelo genro durante o jantar de sábado, antes de ser agredida com um martelo, revelou hoje à Lusa fonte da Polícia Judiciária de Setúbal.

O crime terá sido o culminar de desentendimentos frequentes entre Amélia Fialho, de 59 anos, professora de Físico-Química na Escola Secundária Jorge Peixinho (no Montijo), e a filha adotiva e o genro. Em 2014, a PSP do Montijo foi chamada a casa da família, alegadamente porque a professora terá sido agredida pela filha.

Já na madrugada do último domingo, os dois suspeitos, que também se terão convencido de que a mulher já estaria morta devido às agressões com o martelo, embrulharam o corpo num cobertor e transportaram-no pelo elevador do prédio para a garagem, onde o colocaram na bagageira do carro, referiu a mesma fonte.

De acordo com a PJ, os dois suspeitos levaram depois o corpo para uma zona descampada em Pegões, onde regaram o cobertor e o corpo com gasolina, provocando um pequeno foco de incêndio que foi combatido pelos bombeiros sem que tivesse sido detetada a presença de qualquer corpo.

O cadáver da professora, totalmente carbonizado e irreconhecível, só foi encontrado ao final do dia de quarta-feira, quando a GNR de Canha voltou ao local do incêndio.

A Polícia Judiciária de Setúbal, que já estava a investigar o desaparecimento da professora, verificou que o cadáver, apesar de irreconhecível, era compatível com o corpo da professora desaparecida, de muito baixa estatura, pelo que abandonou a tese de desaparecimento e começou de imediato a investigar o caso como provável homicídio.

Depois de consumarem o crime e de terem queimado o corpo da vítima, os dois suspeitos ainda tentaram afastar as suspeitas que sobre eles pudessem recair, comunicando o desaparecimento da vítima à PSP e nas redes sociais.

Por outro lado, tentaram, sem êxito, ocultar eventuais provas que os pudessem incriminar, lavando a casa e a viatura envolvida no transporte do corpo da professora. Desfizeram-se também do martelo que tinham utilizado para agredir a vítima, acrescentou fonte policial.

A filha adotiva da professora e o genro estão hoje a ser ouvidos no tribunal do Montijo, para aplicação de medidas de coação.

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