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E-Toupeira: Benfica SAD e Paulo Gonçalves vão a julgamento por corrupção

A informação foi divulgada, esta terça-feira, pela Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa.

E-Toupeira: Benfica SAD e Paulo Gonçalves vão a julgamento por corrupção
Notícias ao Minuto

19:23 - 04/09/18 por Patrícia Martins Carvalho

País Justiça

O Ministério Público requereu o julgamento em tribunal coletivo dos arguidos do processo que ficou conhecido como E-Toupeira.

Assim, foi deduzida acusação contra "quatro arguidos: dois funcionários judiciais (um deles observador de arbitragem), um colaborador de sociedade anónima desportiva e uma pessoa coletiva (sociedade anónima desportiva)", lê-se no na nota emitida esta terça-feira pela Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa.

De referir que o "colaborador de sociedade anónima" diz respeito a Paulo Gonçalves, assessor jurídico da SAD do Benfica, sendo a "sociedade anónima desportiva", o Benfica.

Em causa estão os crimes de corrupção passiva, corrupção ativa, oferta ou recebimento indevido de vantagem, favorecimento pessoal, violação do segredo de justiça, violação de segredo por funcionário, peculato, acesso indevido, violação do dever de sigilo e falsidade informática.

"Ficou suficientemente indiciado que os arguidos com a qualidade de funcionários de justiça, pelo menos desde Março de 2017, acederam a processos-crime pendentes no DIAP de Lisboa e do Porto e em outros tribunais, transmitindo as informações relevantes ao arguido colaborador da SAD, fazendo-o de acordo com a solicitação do mesmo e em benefício da mesma sociedade", explica o Ministério Público.

Ainda de acordo com a mesma nota divulgada hoje, os processos alvo de interesse tinham por "objeto investigações da área do futebol ou de pessoas relacionadas com este meio, ou de clubes adversários, seus administradores ou colaboradores".

As pesquisas efetuadas foram realizadas de forma "fraudulenta" através da utilização de credenciais de terceiros, sem o seu conhecimento ou consentimento".

"Tais informações foram obtidas ilicitamente tendo como contrapartida benefícios indevidos para os funcionários e vantagens ilícitas no interesse da respetiva SAD", acrescenta a mesma nota.

Para terminar, há que referir que os crimes em causa foram levados a cabo nas épocas desportivas de 2016/2017 e 2017/2018. "Com estes comportamentos os arguidos puseram em risco a integridade do sistema informático da justiça, a probidade das funções públicas, os interesses da verdade e da lealdade desportiva e a integridade das investigações criminais".

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