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Há que "olhar para o futuro" sem deixar de "retirar ilações"

Marcelo Rebelo de Sousa está esta terça-feira em localidades que sofreram no ano passado com o incêndio de Pedrógão Grande.

Há que "olhar para o futuro" sem deixar de "retirar ilações"
Notícias ao Minuto

13:39 - 28/08/18 por Pedro Filipe Pina

País Presidentes

O Presidente da República falou aos jornalistas ao início desta tarde a partir da Praia das Rocas, em Castanheira de Pêra, praia onde 'foi a banhos' ao final da manhã.

Recorde-se que cinco militares da GNR estão a receber tratamento após terem ficado feridos na sequência de um incêndio rural em Mourão. Os militares em causa pertencem à equipa do Grupo de Intervenção de Proteção e Socorro. Três deles estão em estado considerado grave e a receber tratamento hospitalar.

Marcelo Rebelo de Sousa realçou que os feridos de maior gravidade "estão em centros muito competentes para o tratamento de queimados".

Relativamente às causas, o Presidente da República destacou que ainda estão a ser apuradas mas é possível que "a própria deslocação do ar provocada pela partida do helicóptero poderá ter tido alguma influência". A prioridade, ainda assim, é o tratamento dos feridos.

Marcelo está no Centro do país, perto inclusive da N-236, a estrada nacional onde morreram a maior parte das vítimas da tragédia de Pedrógão Grande, no verão passado.

Marcelo lembrou que já usou "aquela estrada inúmeras vezes" desde a tragédia. Explica Marcelo que "por um lado há vida a refazer-se", tanto da natureza como das pessoas, embora no caso das pessoas seja não só "mais difícil" como "nalguns casos impossível" dado o facto de estarmos perante a perda irreparável de vidas humanas.

"Não há dúvida que as mortes, nesse sentido, por muito importante que seja a memória, são irreparáveis. O que é facto é que passei por várias tabuletas [de localidades]", destacou, referindo algumas das localidades afetadas pela tragédia, e que, "além de lembrarem pessoas em relação às quais se criaram no meio daquela tragédia, se lembrava aqueles que desapareceram".

Apesar da tragédia do ano passado, há ainda vida. E, nesse aspeto, Marcelo realça que "é bom que as comunidades olhem para o futuro, refaçam o seu futuro,  que não seja só a natureza a refazer, mas que se retirem as ilações daquilo que sucedeu". 

Marcelo evocou ainda a "responsabilidade coletiva acrescida" para que uma tragédia assim "não mais possa acontecer", deixando também uma palavra de apreço pela "resistência" das comunidades que sofreram com a tragédia dos incêndios.

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