Incêndio de Monchique: "A grande vitória é: Vítimas zero"
O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, em visita às zonas afetadas pelo incêndio de Monchique, garantiu que o Governo vai a partir de hoje começar a apurar as consequências do fogo.
© Global Imagens
País Eduardo Cabrita
A grande vitória é: vítimas zero”, começou por destacar o ministro da Administração Interna que está, esta sexta-feira, de visita às zonas afetadas pelo incêndio de Monchique que só hoje, ao fim de oito dias, foi dominado.
Nas declarações prestadas aos jornalistas, o governante concentrou-se nos pontos positivos do combate ao incêndio e reforçou que o fundamental “foi chegar ao final do incêndio sem qualquer vítima”.
Quanto às consequências do fogo que lavrou em vários concelhos algarvios durante uma semana, Eduardo Cabrita fez saber que o Governo vai agora concentrar-se nessa questão.
“A partir de hoje à tarde começaremos a trabalhar em torno do apuramento daquilo que são as consequências nos três municípios - Monchique, Sines e Portimão - , destes dias de incêndios”, garantiu.
Já quanto ao excessivo uso de força por parte das autoridades aquando da retirada de pessoas das habitações e das, alegadas, detenções, o ministro foi perentório: “Ninguém foi detido, e quem incentiva a que as populações se coloquem em risco está a cometer [um] apelo ao crime, quem na comunicação social permita dar uma ideia que é melhor ficar a defender o que é indefensável está a prestar um mau serviço público”.
Em jeito de conclusão, Eduardo Cabrita sublinhou que, apesar deste ano ter-se feito “imenso, mais do que nunca,” na prevenção, “temos de estar cada vez mais bem preparados, temos de continuar a fazer mais, temos de fazer ainda melhor e vamos fazer por isso”.
Depois do ministro, foi a vez da visita de António Costa
À chegada a Monchique, numa primeira declaração aos jornalistas, mesmo antes da reunião com as autoridades, António Costa esclareceu que “a prioridade das prioridades é a salvaguarda de um bem que é inestimável e irreparável que é a vida humana” e que "isso foi garantido".
Quando questionado sobre a alegada forma musculada de atuação da GNR para retirar as pessoas das suas habitações, o chefe do Governo reforçou que o objetivo de salvar todas as vidas foi cumprido.
“A GNR desempenhou uma missão que lhe estava desempenhada que é uma missão muito delicada e muito difícil. Todos nós se tivermos o fogo na nossa casa, naturalmente, o primeiro apego que temos é proteger aquilo que temos a proteger. Contudo, há uma coisa que é segura, uma casa é sempre reparável, com seguro ou sem seguro, agora uma vida humana é irreparável e a primeira prioridade que temos é salvar as vidas humanas e isso foi desempenhado”, explicou.
Ainda assim, e no que diz respeito às acusações de excesso de força da GNR, António Costa garantiu que vão ser averiguadas e que se se confirmarem "haverá meios para atuar".
Saliente-se ainda que, depois das visitas do ministro da Administração Interna, pela manhã desta sexta-feira, e do primeiro-ministro António Costa à tarde, foi confirmada a data da deslocação do Presidente Marcelo. É já este sábado que o chefe de Estado vai visitar os concelhos de Monchique e Silves.
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