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Monchique "será a exceção que confirma a regra do sucesso"

António Costa interrompeu as férias para marcar presença na sede da Proteção Civil, onde falou aos jornalistas, avisando que o incêndio de Monchique vai continuar a lavrar nos próximos dias

Monchique "será a exceção que confirma a regra do sucesso"
Notícias ao Minuto

13:03 - 08/08/18 por Filipa Matias Pereira

País Incêndios

Depois da publicação no Twitter na segunda-feira, esta foi a primeira vez que António Costa falou publicamente sobre o incêndio de Monchique, que deflagrou na sexta-feira, durante o balanço da resposta operacional e das medidas adotadas pelas várias entidades na sequência da onda de calor registada nos últimos dias, que decorreu na Autoridade Nacional de Proteção Civil, em Lisboa.

Apesar de este incêndio lavrar há seis dias e de ainda não se conseguir prever o seu fim, Costa acredita que, quando os dados finais forem apurados, Monchique "será a exceção que confirma a regra do sucesso" da operação ao longo de todos estes dias.

"Não devemos ter a ilusão de que este incêndio [de Monchique] vai ser extinto nas próximas horas. O incêndio irá, aliás, agravar", advertiu, porém, antecipando que o fogo "lavrará nos próximos dias".

Para o chefe de Governo, há "dados claros" sobre a "capacidade do país de prever situações de risco" e essa "foi demonstrada aos longo dos últimos dias", nomeadamente através do Instituto Português do Mar e da Atmosfera, cujas previsões permitiram adequar comportamentos e ações. O "sistema respondeu à altura do desafio", fez sobressair, enfatizando: "Vale a pena fazer prevenção".

Para lá disso, as autoridades demonstraram serem capazes de agir "em situações de socorro", já que deram resposta a "582 ignições, sendo que só 26 delas se refletiram em incêndios". E o facto de as atenções mediáticas e de as forças de segurança só estarem concentradas em Monchique demonstra, acrescentou, "que o sistema respondeu à altura do desafio que estava colocado. Porém, esta foi só a primeira prova de dias e meses de um verão que começou tardio". 

Monchique, recordou ainda, "tem sido referido por muitos como a prova de que não vale a pena fazer prevenção. Mas vale a pena. Se não o tivessémos feito seria seguramente pior".

António Costa aproveitou ainda a oportunidade, nesta interrupção das suas férias, para recordar que a primeira prioridade da prevenção "é a salvaguarda das vidas humanas", sendo que até ao momento "não há registo de nenhuma perda". Já relativamente aos feridos, salientou, "temos um número reduzido de [feridos] ligeiros (31) e ainda mais reduzido de graves (1)". 

Já relativamente ao facto de este incêndio ainda estar ativo, Costa explicou a situação com recurso a uma analogia: "É preciso perceber que a vela de um bolo de aniversário todos a apagamos com um sopro, mas quando a chama se alarga, não bastam os sopros. São precisos muitos dias de trabalho". Por isso "é necessário que continuemos empenhados, com ações de prevenção, evitando comportamentos de risco e com meios preparados para responder com eficácia". Só desta forma "Monchique poderá ser a regra que confirma a exceção do sucesso". No entanto, reconheceu, "ainda é cedo para balanços, até porque este incêndio ainda vai continuar a exigir trabalho, daí as operações terem sido elevadas para o nível de Comando Nacional". 

Na sua intervenção, Costa realçou também o comportamento das populações que acederam às recomendações das autoridades "para diminuírem os comportamentos de risco", aproveitando ainda para agradecer o "civismo com que, perante situações de tragédia, têm seguido indicações das autoridades na evacuação de aldeias de forma preventiva". 

Costa terminou a sua intervenção com uma palavra de agradecimento "às mulheres e aos homens da Proteção Civil que combatem os incêndios, tais como os bombeiros voluntários que constituem a espinha dorsal, e que têm salvado vidas e preservado bens. Todos têm sido determinantes para maior capacidade de ação". 

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