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População do Falacho, em Silves, teme reacendimentos durante a noite

A população da localidade do Falacho, em Silves, que esta madrugada acordou em sobressalto, cercada por chamas, teme hoje passar mais uma noite agitada devido a possíveis reacendimentos.

População do Falacho, em Silves, teme reacendimentos durante a noite
Notícias ao Minuto

23:45 - 07/08/18 por Lusa

País Incêndios

No domingo passado à noite, a localidade foi evacuada e várias dezenas de pessoas foram acolhidas em escolas e no quartel dos bombeiros de Silves, um dos concelhos no distrito de Faro afetados pelo incêndio que deflagrou em Monchique.

"Estávamos em prevenção desde domingo à noite porque o fogo estava próximo. Na segunda-feira estava tudo calmo até perto das 00:00. Estava a dormir e foi uma vizinha acompanhada pela GNR que me acordou, tudo aconteceu pouco passava das 02:30", contou Anabela Guerreiro à Lusa.

A residente no Falacho relatou que, cerca das 03:00, "estava toda a gente na rua", com "vizinhos aos gritos" e "bombeiros por todo o lado", ao mesmo tempo que o ar de tornava "insuportável".

"Levaram daqui a maior parte das pessoas, mas nós ficámos, a minha mãe vive aqui ao lado e eu não podia ir, mais pessoas ficaram, a GNR permitiu", referiu.

Na terça-feira, ao final do dia, a Lusa constatou um cenário devastador, com uma colina pintada por um manto negro que se estendia até poucos metros das primeiras habitações da povoação, situada a cerca de dois quilómetros de Silves.

"Havia fogo por todo o lado e em diferentes montes. No Falacho ficou tudo queimado aqui à volta, pelo menos uma casa ardeu, mas valeu-nos a intervenção dos bombeiros, do exército e da GNR, não havia meios aéreos. Não ardeu mais porque nós mantemos tudo limpinho", acrescentou.

Maria José, proprietária de uma segunda habitação no Falacho também não esconde a sua preocupação e não tem arredado pé desta localidade nos últimos dias.

"Desde domingo que o fogo vai e vem e pode voltar a qualquer altura, só hoje já reacendeu três vezes e com chamas enormes. Parece que estava tudo calmo e de repente volta a acordar outra vez. Nunca sabemos", desabafou.

No final da tarde de terça-feira, com o cair da noite, diferentes colunas de fumo tornaram-se mais densas e surgiram de diferentes montes que compõem o horizonte.

De um lado da localidade de Falacho, o manto negro revelava que pouco, ou nada, há para arder, mas do outro lado da aldeia, junto à Estrada Nacional 124, o verde da vegetação mantêm-se incólume.

Uma preocupação acrescida para os residentes como Anabela Guerreiro.

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