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De repente, tudo mudou. Assim caiu a noite no sufoco de Monchique

O combate ao incêndio que lavra desde sexta-feira em Monchique tem sido dificultado pela intensidade e constantes mudanças de direção do vento e pela dificuldade de acesso dos meios terrestres ao terreno. E quando a situação parecia quase controlada, o cenário mudou. Fotos do 'inferno' que se vive têm sido partilhadas nas redes sociais.

Notícias ao Minuto

08:06 - 07/08/18 por Filipa Matias Pereira com Lusa

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São já cinco dias do 'inferno' de Monchique. As chamas continuam a lavrar 'sem piedade', consumindo milhares de hectares de floresta e reduzindo a cinzas casas de habitação permanente. 

Às 09h00 desta segunda-feira, o fogo estava a ser combatido por 1.205 operacionais, apoiados por 374 meios terrestres e 14 meios aéreos

O combate ao incêndio tem sido dificultado pela intensidade e constantes mudanças de direção do vento e pela dificuldade de acesso dos meios terrestres ao terreno devido à densa vegetação existente, disse fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro de Faro (CDOS).

Há ainda outra zona preocupante para as autoridades, nas Caldas de Monchique, onde o fogo também está a lavrar "com muita intensidade", acrescentou, referindo-se às termas, uma zona situada a cerca de quatro quilómetros da vila de Monchique e onde existem várias unidades hoteleiras, embora todas já tivessem sido evacuadas pelas autoridades no domingo.

Este foco de incêndio obrigou inclusivamente ao corte da Estrada Nacional 266, disse à Lusa fonte da GNR.

Esta estrada liga Monchique a Porto de Lagos, de onde depois se segue até Portimão, via Estrada Nacional 124.

A fonte do CDOS referiu também que cerca das 00h00 chegou a haver um corte de energia em Monchique, mas disse desconhecer a causa. Entretanto, a EDP fez saber que teve de cortar o abastecimento nalgumas localidades na zona do fogo de Monchique por questões de segurança, tendo abastecido de madrugada outras localidades com geradores

O número de assistências médicas a pessoas na sequência do incêndio subiu para 95, dos quais, 66 são pessoas que apenas receberam assistência e 29 são feridos, todos ligeiros.

"A situação infelizmente alterou-se, tínhamos uma situação mais favorável e registaram-se várias projeções, as quais tiveram um comportamento bastante violento", assumiu o segundo comandante operacional distrital da Proteção Civil de Faro, Abel Gomes.

Segundo o responsável, o quadro meteorológico "não é favorável", porque vão manter-se temperaturas altas e a humidade relativa vai continuar baixa, o que fazia antever "uma noite dura de muito trabalho".

Este cenário tem, de resto, sido partilhado nas redes sociais por vários utilizadores e as fotos que lhe trazemos documentam a força das chamas.

Veja, na galeria acima, as imagens captadas em Monchique à medida que o negro manto da noite caía e as chamas se iam evidenciando com maior intensidade.

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