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Alerta: Perigo em Monchique deve-se à quantidade de eucaliptos existente

Este é um alerta da Quercus que, em comunicado, manifesta-se solidária com os feridos e populações residentes nesta área.

Alerta: Perigo em Monchique deve-se à quantidade de eucaliptos existente
Notícias ao Minuto

07:31 - 07/08/18 por Filipa Matias Pereira

País Quercus

O fogo na Serra de Monchique continua descontrolado. Apesar de esta segunda-feira as autoridades terem defendido que cerca de 95% do perímetro do incêndio estava controlado, o cenário rapidamente ‘mudou de figura’. O vento fez a sua parte e piorou o combate ao incêndio.

Face a este cenário, a Quercus, em comunicado enviado às redações, “considera preocupante a falta de controlo do fogo na Serra de Monchique e áreas envolventes, manifestando-se solidária com os feridos e populações residentes nesta área”.

Mais faz saber a Associação Nacional de Conservação da Natureza que “a perigosidade elevada deste incêndio” se deve, em parte, “ao acumular de manta morta e ao comportamento do fogo nos povoamentos de eucalipto existentes, com projeções de partículas incandescentes a vários quilómetros, provocando focos secundários que dispersam os meios de combate e reduzem a sua eficácia”.

Uma grande parte da área afetada pelo fogo na Serra de Monchique integra, como explica a Quercus, “o Sítio de Importância Comunitária – Monchique, da Rede Natura 2000, pelo que deverá existir uma atenção especial na contenção do fogo, com vigilância no perímetro para evitar reacendimentos”, adverte. 

Esclarece ainda o comunicado que Monchique é o único local em Portugal “onde ocorrem os carvalhais ibéricos de 'Quercus faginea' e 'Quercus canariensis'. O 'carvalho-de-monchique Quercus canariensis' é uma árvore muito rara”, considerando-se, por isso, “uma relíquia da floresta autóctone”.

Monchique integra igualmente “uma Zona de Proteção Especial da Rede Natura 2000 para as aves selvagens, sendo que as serras algarvias abrigam parte importante da população da águia-perdigueira, também conhecida por 'águia-de-Bonelli Aquila fasciata', a qual está classificada em perigo, de extinção”.

Com este incêndio que lavra desde sexta-feira, estão assim ameaçadas “a florestação intensiva com espécies exóticas; incêndios florestais e destruição de vegetação autóctone (matos, bosques mediterrânicos e vegetação ribeirinha)”.

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