POUPANÇA NO MINUTO
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"Rio sabe que se for para eleições agora terá uma derrota anunciada"
Miguel Sousa Tavares considerou que o Bloco e o PCP não vai deixar cair o Governo, até porque se o fizesse o PSD dar-lhe-ia a mão.
© Global Imagens
País OE'19
Segunda-feira significa dia de comentário político de Miguel Sousa Tavares, que interrompeu as suas férias para entrar em direto na antena da SIC e comentar vários assuntos. Entre eles, está o facto do PCP e dos Verdes terem considerado não terem obrigação de dar o sim ao Orçamento de Estado. Isto no dia em que Marcelo Rebelo de Sousa reuniu com os líderes de algumas das maiores forças partidárias em Belém.
Assunção Cristas, que também foi recebida pelo Presidente da República, diz que no final das contas os partidos de esquerda acabaram por se juntar ao Governo, algo com que o comentador concordou.
“Acho que esta reunião que o Presidente faz antes de ir de férias, que é uma espécie de auscultação que ele faz aos partidos, dá-me ideia que este ano o ambiente é mais distendido do que foi o ano passado. Estamos a um ano das eleições, estamos a dois meses de aparecer o Orçamento Geral de Estado e pelo que vi hoje dá-me ideia que o ambiente é mais distendido e para isso contribuíram também as entrevistas que foram dadas pelo ministro das Finanças e pelo Primeiro-Ministro ao Público e ao New York Times. Ambos estavam em sintonia e ambos disseram que não serão reivindicações setoriais de setores como os professores ou os funcionários públicos que vão por em causa a meta do défice 0,7% para este ano”, explicou.
Miguel Sousa Tavares mencionou também a existência de fatores externos que podem determinar uma situação pior para as finanças portuguesas: “Nomeadamente a guerra comercial entre os Estados Unidos com a Europa, a saída de Inglaterra da União Europeia”.
Por estes motivos o comentador considerou que o Governo não cederá à “reivindicações despesistas dos seus parceiros”. Para Sousa Tavares esta guerra foi ganha pelo Governo, e o Bloco e o PCP já estão conformados e não porão em causa a aprovação do Orçamento e mesmo que o fizessem “Rui Rio subentendeu que estaria disponível para dar a mão ao Governo. Marcelo pode ir de férias tranquilo”.
E porquê? Porque Rui Rio não está em condições de ir para eleições agora, defendeu. “Rio sabe que se for para eleições agora terá uma derrota anunciada. Mais vale ganhar tempo".
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