Inspetor do trabalho pede mais eficácia para diminuir acidentes laborais
O inspetor do trabalho Manuel Roxo considerou hoje, na cidade da Praia, que Portugal tem conseguido baixar os acidentes de trabalho mortais, mas considerou que é preciso mais eficácia para diminuir outros acidentes laborais.
© Reuters
País Portugal
"Temos uma reflexão interna muito grande a ser feita entre todos os atores interessados para saber onde devemos crescer para conseguirmos ter mais eficácia no sistema", afirmou Manuel Roxo, em declarações à agência Lusa, no âmbito do III Congresso Lusófono de Segurança e Saúde Ocupacional e Ambiental, que está a decorrer na cidade da Praia, em Cabo Verde.
O inspetor do trabalho na Autoridade para as Condições de Trabalho disse que, por causa da crise recente, as atividades perigosas, como a agricultura, indústria mineira, construção e pescas, deixaram de ter o peso que tinham no passado, mas entendeu que hoje o país enfrenta um problema em termos de eficácia para conseguir fazer diminuir outros acidentes.
"Temos um sistema capaz de evoluir, temos mostrado algum défice em fazer o sistema evoluir na velocidade que deveria e acompanhar os problemas que temos", completou.
Manuel Roxo notou que Portugal tem um "quadro legal muito interessante", mas entendeu que o país deve alterar as redes de relações nas empresas e nas pessoas que trabalham entre si.
"Temos um problema sério ao nível da participação dos trabalhadores na vida das empresas e, de alguma forma, temos o dever de procurar obter mais a sua participação porque isso significa aumentar a massa crítica para resolver problemas. Se conseguirmos fazer isso estamos a dar um salto muito significativo", afirmou à Lusa.
Manuel Roxo, ex-subinspetor geral da Autoridade para as Condições do Trabalho, foi um dos oradores no painel sobre os sistemas de segurança e saúde ocupacional no espaço lusófono.
O congresso, organizado pelo Instituto de Segurança e Saúde Ocupacional (ISSO) de Cabo Verde, reúne representantes de mais cinco países lusófonos (Angola, Brasil, Guiné-Bissau, Portugal e São Tomé e Príncipe), compostos por elementos da administração pública e organizações não-governamentais.
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