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Sabugal promove campanha arqueológica no castelo de Vila do Touro

A Câmara do Sabugal anunciou hoje que tem a decorrer, até ao início de agosto, a quinta e última campanha de escavações arqueológicas no castelo de Vila do Touro, com professores e alunos da Universidade de Coimbra.

Sabugal promove campanha arqueológica no castelo de Vila do Touro
Notícias ao Minuto

09:42 - 26/07/18 por Lusa

País Autarquia

Segundo a autarquia do Sabugal, presidida por António Robalo, as escavações em curso vão "fechar os trabalhos" que têm vindo a ser desenvolvidos ao longo dos últimos anos.

A fonte refere, em nota publicada na sua página na internet, que a campanha arqueológica também visa "recolher mais alguns dados sobre a primitiva arquitetura do castelo medieval" de Vila do Touro, bem como vestígios das gentes que ali habitaram.

Os trabalhos de estudo e de investigação arqueológica decorrem em duas zonas da fortificação medieval de Vila do Touro, "sendo que na parte mais alta as escavações são mais dedicadas ao [período] medieval e na vertente sul uma outra equipa estuda a ocupação por parte das comunidades que viveram" no local há cerca de três mil anos (Proto-história), indica o comunicado.

O campo de trabalho é promovido pela Câmara Municipal do Sabugal e conta com a presença dos arqueólogos do Gabinete de Arqueologia e Museologia do Sabugal, aos quais se associam professores e alunos da Universidade de Coimbra.

A fonte refere que a colaboração com a Universidade de Coimbra tem-se "mostrado bastante frutífera ao longo dos anos, fruto de um protocolo existente entre as duas instituições".

"Tem sido em terras do Alto Côa que, por tradição, diversos alunos do país inteiro obtiveram experiência prática para a sua formação académica, dispensando parte das suas férias em trabalho voluntário nas escavações da responsabilidade do município", assinala a nota.

Os resultados obtidos na campanha arqueológica em curso serão publicados numa edição que o município do Sabugal pretende apresentar ao público.

Segundo a Câmara Municipal do Sabugal, com a assinatura do Tratado de Alcanizes com Castela e Leão, por Dom Dinis, em 1297, Vila do Touro deixou de ter cariz fronteiriço e perdeu "a sua importância estratégica", daí que a "lenta construção" da fortificação tenha sido interrompida.

"Atualmente, a construção militar encontra-se reduzida praticamente a dois troços de pano de muralhas, encavalitados entre as penedias e desguarnecidos de ameias. Uma parte delimitando a cumeada nascente do morro e a outra linha defendendo o lado ocidental", indica.

A autarquia refere ainda que, "bem firme na rocha, grande parte da cerca encontra-se ainda intacta, com a altura máxima de quatro metros, estando o resto dos silhares derrubados pela encosta ou reutilizados no casario da povoação".

"Observa-se ainda uma porta de arco ogival, do lado poente da fortificação, em bom estado de conservação, mas inacabada; bem como alguns testemunhos de edifícios encostados à muralha oriental, feitos de granito aparelhado, praticamente ao nível dos alicerces", remata.

Vila do Touro foi "um centro destacado de hierarquia populacional, tendo ganho importantes funções político-militares e municipais, até às reformas liberais do século XIX (1836)", altura em que foi integrado no concelho do Sabugal, lê-se na informação disponibilizada pelo município do Sabugal, no distrito da Guarda.

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