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Parque Municipal do Monte "não é perigoso" mas algumas árvores são

O geógrafo, perito ambiental e ex-vereador da Câmara Municipal do Funchal, Raimundo Quintal, disse esta segunda-feira que o Parque Municipal do Monte "não é perigoso", mas chamou a atenção que algumas das suas árvores deviam ser cortadas.

Parque Municipal do Monte "não é perigoso" mas algumas árvores são
Notícias ao Minuto

13:41 - 23/07/18 por Lusa

País Geógrafo

Raimundo Quintal fez esta observação na 5.ª Comissão Especializada Permanente de Saúde e Assuntos Sociais da Assembleia Legislativa da Madeira durante a audição parlamentar sobre a "Análise e garantia das condições de segurança necessárias ao Monte para a realização do Arraial da Nossa Senhora do Monte".

"Entendo que o Parque Municipal do Monte, do ponto de visa global, não é um parque perigoso", disse o especialista, acrescentando, contudo, que algumas das suas árvores não estão em bom estado e que deviam ser cortadas, nomeadamente um carvalho "com porte superior ao que caiu, da mesma idade, que está no talude entre o lago e os carreiros e que está completamente corroído".

Chamou ainda a atenção para o muro de um talude no Largo da Fonte que apresenta uma fissura de cima a baixo devido a um plátano, em bom estado, mas que não tem para onde expandir as suas raízes.

Raimundo Quintal criticou também as podas "vergonhosamente mal executadas" pela Câmara Municipal do Funchal e lamentou que o espaço onde o carvalho centenário se abateu sobre uma multidão na Festa de Nossa Senhora do Monte, a 15 de agosto de 2017, matando 13 pessoas e ferindo 50, continue coberto por um plástico.

"A melhor homenagem que se podia fazer a quem morreu e a quem ainda está a sofrer era plantar uma árvore indígena, de pequeno porte, por exemplo, um folhado, naquele espaço, um memorial vivo aos que morreram e não aquele plástico que deixa traumatizado quem ali chega e é uma chaga que se volta a abrir", defendeu.

A Câmara Municipal do Funchal mantém a zona coberta por um plástico até à conclusão da investigação do Ministério Público, decisão rebatida, no entanto, pelo geógrafo que lembra que técnicos da autarquia estiveram a investigar a zona antes da chegada dos peritos do Ministério Público.

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