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Prioridade é “reduzir mortos no Mediterrâneo e riscos de abuso"

António Vitorino, numa grande entrevista dada à RTP 3, garantiu que uma das suas maiores prioridades, como diretor geral da Organização Internacional das Migrações (OIM), é “unir os países de origem e de acolhimento nas soluções ao fluxo de migrantes económicos” para diminuir o número de migrantes mortos nas travessias do Mediterrâneo.

Prioridade é “reduzir mortos no Mediterrâneo e riscos de abuso"

O recém-eleito diretor geral da Organização Internacional das Migrações, António Vitorino, garantiu, na noite desta quarta-feira, numa grande entrevista dada à RTP3 que a sua grande prioridade é diminuir o número de migrantes que morrem ao atravessar o Mediterrâneo em busca de uma vida melhor.

Reduzir os mortos no Mediterrâneo, reduzir os riscos de serem abusados e violentados por redes criminais de traficantes de seres humanos, essa é uma preocupação que deve unir países de destino, países de trânsito e países de origem”, disse.

António Vitorino admite ainda que não tem “soluções milagrosas”, mas pretende fazer tudo para unir os países de origem e de acolhimento nas soluções ao fluxo de migrantes económicos e espera também um apoio mais forte por parte das instituições europeias.

“Há aqui uma fronteira e essa fronteira é entre aqueles que pensam que a questão das migrações pode ser revolvida entre o espaço territorial de cada estado, o que é um erro, ou através de uma solução internacional e essa solução internacional passa pelas regiões, por exemplo, passa pela cooperação intra-regional, seja no âmbito da União Europeia, no âmbito da União Africana ou no âmbito dos Estados Americanos, mas passa também pelo papel das Nações Unidas”, explica o diretor da OIM.

Apesar da preocupação com as dezenas de milhares de mortos que nos últimos anos tiveram lugar durante a travessia do Mediterrâneo e de explicar que é necessário “cuidar desses mesmos países de origem”, António Vitorino também admite que é necessário garantir a segurança nos países de acolhimento.

“Obviamente que há questões de segurança aqui muito importantes. A segurança dos migrantes, as dezenas de milhares de mortos nestes últimos anos no Mediterrâneo e a segurança das cidades de acolhimento. É necessário ter a certeza que aqueles que vêm e que são admitidos nas cidades de acolhimento respeitam a sociedade e não têm registos criminais”, afirmou o primeiro português a ocupar o cargo de diretor da OIM.

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