Instituto Gulbenkian descobre como células geram 'antenas' diferenciadas
Cientistas do Instituto Gulbenkian de Ciência afirmam num novo estudo ter descoberto como se formam diferentes tipos de cílios celulares, uma espécie de "antenas" especializadas que permitem interagir de várias maneiras com o ambiente.
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País Cientistas
Na investigação publicada hoje no boletim Nature Cell Biology, a equipa conseguiu perceber como é que as células usam os mesmos materiais biológicos de formas diferentes para dar funções diversas aos cílios, que recebem sons, cheiros, luz e podem também ajudar as células a mover-se, como no caso dos espermatozoides.
A coordenadora do estudo, Mónica Bettencourt-Dias, afirmou que a descoberta pode explicar doenças genéticas chamadas ciliopatias, que acontecem em apenas alguns tecidos com cílios.
"Muitos componentes importantes à construção dos alicerces dos cílios estão presentes em diferentes proporções e diferentes alturas no espaço e tempo, apenas em alguns tecidos e não em outros, as suas mutações, que acontecem nas doenças genéticas, só mostrarão sintomas alguns dos tecidos", afirmou a investigadora.
Por exemplo, uma pessoa pode ser cega sem ser infértil ou ser infértil sem ser obeso.
Na investigação foram recolhidas imagens com super-resolução para conseguir ver os cílios, que são 100 vezes mais pequenos que a ponta de um cabelo.
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